SENAR MINAS troca ideias com SENAR MS para implantar ATeG Grãos
O Sistema FAEMG/SENAR/INAES se prepara para agregar mais uma cadeia ao Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG: a de grãos. Em reunião com o SENAR de Mato Grosso do Sul, gestores mineiros conheceram o desenvolvimento da assistência técnica e gerencial para esses produtores, seus pontos fortes e desafios, e agora irão desenvolver uma proposta adequada à realidade de Minas. A primeira regional a receber a iniciativa já está definida – será a de Patos de Minas.
A equipe da Gerência de Assistência Técnica e Gerencial de Minas quis entender mais como funcionam o levantamento e mensuração de dados, a obtenção de certificações pelos produtores assistidos e como o programa se aplica a propriedades que já são altamente tecnificadas. Participaram o gerente de Assistência Técnica e Gerencial, Bruno Rocha de Melo, os analistas técnicos Nathália Rabelo e Ricardo Tuller, e o gerente regional do Sistema FAEMG em Patos de Minas, Sérgio Carvalho.
O ciclo de atendimento é de dois anos. O coordenador de Assistência Técnica e Gerencial do SENAR MS, Nivaldo Júnior, explicou que o perfil de produtor atendido demandou visitas bimestrais, com foco principalmente nos aspectos ambiental e social (legislação, saúde e segurança no trabalho). No Mato Grosso do Sul, são 414 propriedades atendidas por 11 técnicos de campo e uma supervisora, Laís Luqui, que também participou da reunião.
Bruno Rocha de Melo pontua que é preciso ser flexível na implementação de novas cadeias no programa, como é o caso do ATeG Grãos. “Precisávamos dessa conversa com os colegas do Mato Grosso do Sul para absorver toda experiência que eles já detêm na área de grãos. Ficou claro para nós que precisaremos de uma abordagem ajustada do ATeG neste caso, com um processo adequado às necessidades desse público, que são bem distintas”.
O desafio da mudança de comportamento
A coordenadora do ATeG Grãos, Gislene Pereira, explicou que as características da cadeia e dos produtores impuseram vários desafios para a equipe, que aposta na relação de confiança entre técnico e assistido para implementar as recomendações e colher dados. “Trabalhamos os aspectos ambientais e sociais antes dos econômicos para sensibilizar o produtor sobre o papel dele no programa, para ele ver o técnico como parte da equipe dele”, acrescentou.
Laís Luqui destacou como desafio a incorporação das recomendações dos técnicos do ATeG na rotina das propriedades. Ela percebe que é difícil introduzir as novas metodologias e fazer com que o produtor as mantenha mesmo após o fim do programa, mas uma maior frequência de visitas vem mudando o cenário. “Nas propriedades que estão com mais visitas a gente percebe a modificação na rotina. Visitas pontuais não resolvem, porque são muitos itens para verificar”, apontou.