Encontro e emoção marcam o Jubileu de Prata da XXIX turma de médicos da FMB
A sexta-feira, 22 de outubro, foi um dia de emoção, reencontros e de visita ao passado para os médicos e médicas que compõem a XXIX Turma da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/UNESP). A data marca os 25 anos de formatura do grupo, que colou grau em 1996. O Jubileu de Prata foi comemorado durante o 5º Encontro de Turma realizado no campus de Rubião Júnior.
O local escolhido para concentração foi defronte ao prédio da Biblioteca. A cada chegada muita festa. Como se cada um fosse juntando as peças de um quebra-cabeça com a história de sua própria vida. Amizades que sobreviveram ao tempo e à distância. Os jovens, que no passado dividiram os mesmos sonhos, hoje são homens e mulheres realizados profissionalmente, com grandes contribuições à medicina brasileira.
Em cada etapa do roteiro preparado para relembrar os anos vividos dentro da Universidade, alguém sempre tinha uma boa história para recordar. Na estátua do Prof. Mario Rubens Montenegro, patrono da turma, pausa para fotos e reverência. No corredor central do Hospital das Clínicas fizeram a substituição da placa de turma, que estava deteriorada pela ação do tempo.
Em seguida, visitaram o jequitibá rosa que haviam plantado há 25 anos e depois realizaram o plantio de uma cerejeira junto a uma placa comemorativa do Jubileu de Prata da turma e que também presta homenagem à colega Maria Luiza Rosa dos Santos, falecida neste ano. Depois passaram pelo prédio da administração da FMB onde tiveram a oportunidade de conhecer a Central de Aulas. O encontro foi encerrado com um almoço de confraternização.
Momento especial
Hamilto Yamamoto, docente do Departamento de Urologia, foi um dos organizadores do encontro. Para ele, o reencontro com os colegas é sempre um momento especial para recordar os bons momentos vividos durante a graduação. “É privilégio para todos reencontrar a nossa casa. Uma emoção indescritível, de muita alegria ao recordar o que a gente vivenciou na nossa graduação. A maioria das pessoas vêm de fora e se estão aqui é porque valorizam esse nosso reencontro e ainda têm um sentimento de amor pela nossa faculdade. Mesmo depois de vinte e cinco anos isso ainda vive em nossos corações”.
Yamamoto afirma que a felicidade de estar ao lado dos colegas é ainda melhor pelo fato de estarem bem e realizados profissionalmente. “Nossa formação, o que nós vivenciamos em Botucatu, reflete o que somos hoje. É uma felicidade saber que nossa turma ofereceu bons profissionais à medicina. Esse é o melhor feedback que a universidade pode ter. É a comprovação que fez um serviço fantástico em termo de ensino, de formação médica. Nosso desejo é que a FMB permaneça com esse excelente nível de ensino e formação”.
Através de uma ação entre os integrantes da XXIX Turma de Medicina da FMB foram levantados recursos para a compra de aparelhos de ar condicionado que foram doados ao Setor de Transplante Renal do HCFMB e de purificadores de água que já estão em funcionamento na Central de Aulas da FMB. “Que isso possa incentivar outras turmas a devolver um pouco do muito que recebemos da nossa faculdade”, acrescenta Yamamoto.
Oradora da turma recorda bons momentos
A médica Ana Lucia Coradazzi, chefe da equipe de Oncologia Clínica da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/UNESP), foi a oradora da turma em 1996. Coube a ela fazer o discurso após o plantio de uma árvore ao lado do Anexo Azul da FMB, nas comemorações do Jubileu de Prata da formatura.
Confira abaixo, a íntegra do texto:
“Há 25 anos a gente estava vivendo alguns dos momentos mais importantes das nossas vidas. A gente tinha vivenciado seis anos intensos na Faculdade de Medicina, com toda a insanidade que a formação médica traz, e estava prestes a começar um ciclo diferente, incerto e até um pouco assustador.
Mas quando eu penso naquela época, eu não me lembro de nenhum de nós com a cara cansada, ou deprimido, ou com qualquer atitude sombria. Não que a gente não tenha passado uns maus bocados, sem dúvida tivemos nossos momentos difíceis. Mas desses momentos eu não consigo me lembrar. O que eu lembro é de cada um de nós rindo muito (muito mesmo).
Lembro que a gente vivia meio que abraçado um no outro, e que quando tinha churrasco e cerveja esses abraços duravam meio que pra sempre, às vezes rolava até um eu amo vocês, amigos. Tipo bem meloso e brega mesmo. Eu lembro também do orgulho enorme que a gente sentia, não só por estar se formando numa das melhores faculdades do país, mas por fazer parte da história de uma turma bem fora da curva (e que me perdoem as outras turmas, mas a gente era muito legal mesmo).
E lembro com bastante clareza do discurso que eu mesma fiz no dia da nossa formatura, e que refletia escancaradamente o que nós éramos. Naquele dia, eu falei das nossas farras, das nossas maluquices, dos nossos conflitos, falei até dos palitos de churrasco que a gente jogou na piscina do vizinho da Bitola, e eu duvido que alguma turma tenha falado de alguma coisa assim no dia mais solene da trajetória acadêmica. Era isso que nós éramos (e somos): um bando de loucos muito queridos.
A história da XXIX foi desenhada em cima de bases muito sólidas, os valores que a gente construiu junto foram sempre muito intensos. A amizade sempre foi um item valioso na nossa trajetória, mesmo quando a gente tinha muito pouco em comum um com o outro. A gente sempre teve um senso muito grande de pertencimento. A XXIX virou uma espécie de comunidade, no sentido mais sagrado da palavra, e comunidades assim se mantêm ligadas mesmo quando os membros dela estão distantes uns dos outros. É isso que a gente vê aqui hoje, 25 anos depois. A gente continua junto.
E eu não podia deixar de lembrar de quem não está aqui hoje, mas certamente adoraria estar. A Luíza deixou a gente esse ano, e deixou também um buraco no nosso coração. Ela era tão apaixonada pela faculdade quanto cada um de nós, talvez mais. O carinho que ela tinha pela XXIX era imenso, e ela cultivava isso todos os dias, no sorriso carinhoso, nas palavras generosas, na gratidão interna. Sorte a nossa ter tido a Lu como companhia na nossa jornada, porque a gente vai carregar um pedacinho dela no coração, pra onde quer que a gente vá, assim como carregamos pedacinhos uns dos outros.
Como ela mesma diria, “a gente só precisa continuar a nadar”.
Obrigada.
A emoção do paraninfo
Escolhido em 1996 para ser o paraninfo da XXIX Turma da FMB/UNESP, o Prof. Dr. Roberto Sogayar marcou presença nas comemorações dos 25 anos da formatura dos colegas médicos. “Estou muito emocionado porque essa turma é muito especial. Por incrível que pareça ela é muito semelhante a minha. Isso para mim tem um valor inestimável. O prazer de viver com essa turma aqui é uma dádiva de Deus”, disse.
Sogayar não esconde a satisfação ao verificar que alunos que ajudou a formar transformaram-se em grandes profissionais da Medicina. “O grande prazer do professor é ver os seus alunos formados produzindo com qualidade. É o caso dos nossos alunos aqui. A gente coloca a cabeça no travesseiro e dorme tranquilo sabendo que está formando gente de primeira linha, da melhor qualidade”.
As lágrimas escapam ao falar da emoção que sente cada vez que volta a percorrer o corredor central do Hospital das Clínicas, onde viveu alguns dos principais momentos de sua vida. E revela, que depois de 25 anos aposentado e perto de completar 81 anos de vida, recebeu do superintendente Dr. André Balbi uma nova missão.
“É muita emoção. Olhar para essas paredes e ver isso aqui cheio de alma. Eu já estou aposentado mas o Dr. André me chamou outro dia para informar que me incluiu na comissão que vai trabalhar pela construção do prédio da nova unidade oncológica. Se Deus quiser daqui três ou quatro anos estará pronto esse grande centro. Fico feliz por trabalhar para isso”.
Formandos da XXIX Turma de Medicina FMB/UNESP
Adriana Maria Rodrigues
Adriano Côrrea de Moraes
Alessandra de Lourenço Budin
Alessandra Pereira da Silva
Alexandre Alberto Fontana Ferraz
Alexandre Anefalos
Alexandre Barão Acuña
Ana Lucia Coradazzi
Ana Lucia Oliveira de Carlos
Ana Paula Latrova
Ana Paula Ribeiro Aprilli
André Siqueira Matheus
Andréa Paula de Almeida Galente
Anice Maria Vieira de Camargo Martins
Antonio Carlos Passos Martins
Antonio Luiz da Costa Morganti
Audrea Mie Matsumoto
Bruno Zacchi
Carlos Alberto Lima Boraschi
Carlos Alberto Zaguini
Cesar Nobuo Shiratori
Cristina Donadio Prado
Daniela Bianchi Garcia
Danielle Solia
Douglas Zotelli
Durval Ferreira Junior
Edgard Yamaji
Elizângela Giachetti
Ella Triumpho Avellar
Emerson Domingos da Costa
Enio Naruhiro Kokubu
Érica Cristina Rigo Tonini
Fabiola Castilho Impemba
Fernanda Christina Pereira Negrão
Fernando De Lamare Palma
Fernando Vinicius Cesar de Marco
Flávio da Silva Tinós
Frederico Foresto Scannavino
Giane Nakamura
Hamilto Akihissa Yamamoto
Ivan Carlo de Manzano Linjardi
Ivanise Maria da Silva Cortez
Ivo Knut Anders Junior
Joel Ricardo Vieira
José Arnaldo Silveira D ´Aurea Filho
José Octávio Lopes Romio
Joyce Garcia de Oliveira
Júlia Martins Bonilha
Katrien Antonissen
Katya Ortiz
Kunihiro Saeki
Larisa Steele Santos
Leandro Kobayasi
Marcelo Braggion
Marcelo Fontalvo Martin
Marcio Nakanishi
Marco Antonio de Almeida Rodrigues
Maria Hercidia Bellini Lahoz
Maria Luiza Rosa dos Santos
Marlene Zuccoloto Moro
Mauricio Fregonesi Barbosa
Miriam Ferreira de Paula
Mirian Miyuki Yoza
Nila Maria do Nascimento
Patricia Maria Sales Polla
Paula Fabris
Paulo Henrique Caruso
Paulo Roberto Zanatta Machado
Ricardo Augusto de Souza
Ricardo Augusto Monteiro de Barros Almeida
Ricardo Violante Pereira
Roberto Gaspar Tunala
Roberto Salvador Martins
Rodrigo Ferrari Fernandes Naufal
Rodrigo Peres Ignácio
Rogério Toreli
Romilda Keller
Sergio Henrique do Amaral
Simone Finzi Corat
Sonia Jareno Simarro
Suzana Barbosa Pereira de Miranda
Valéria Rocha Gomes
Vanessa Moraes Assalim
Viviane Vasconcelos Khouzam
Wagner Targa Ripari
Yaeko Kawata
Da Assessoria de Comunicação e Imprensa da FMB