Encontro reúne 33 adestradores e 11 cães na Penitenciária II de Avaré
O 3º Encontro Cinotécnico da CRN. Realizado no canil da Penitenciária II “Nelson Marcondes do Amaral” de Avaré, o evento contou com a participação de 33 adestradores e 11 cães das raças pastor alemão e belga de malinois e teve como objetivo padronizar o trabalho realizado nos canis, a Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Noroeste (CRN) promoveu, no dia 21 de setembro,
O treinamento é baseado em cinotecnia, uma técnica usada no preparo dos animais para desempenhar tarefas específicas, como rastreamento de drogas e explosivos, guarda e proteção do perímetro prisional, captura e imobilização de suspeitos, controle de tumultos, entre outras ações.
Com intuito de alinhar a forma de atuação dos cães nos presídios, o encontro, organizado pelo cinotécnico responsável pelo canil da Penitenciária I “Dr. Walter Faria Pereira de Queiróz” de Pirajuí, Carlos Eduardo Morgado, contou com aulas teóricas e práticas.
AGRESSÃO E CAÇA
O treinamento foi pautado em técnicas aplicadas para trabalhar emoção e controle. “Demos continuidade nos exercícios, mas, desta vez, com foco em dois comportamentos do cão: agressão e caça”, explica Morgado, detalhando que, no primeiro caso, o animal se defende do agressor, pois ele sabe que trata-se de uma ameaça.
“Ele tem que defender a própria vida e a do condutor. Por isso, usamos exercícios para que o cão entenda que precisa mostrar agressividade, para que o sujeito fuja. Assim, então, o animal atinge o objetivo de afugentar a pessoa”, frisa.
Quando envolve guarda e proteção em presídios, o treinamento busca trabalhar ainda o comportamento de caça. “Nessa conduta, o cão está concentrado, assim como ocorre na natureza, em uma situação em que o predador busca a sua presa”, detalha.
Os dois exercícios de comportamento realizados no encontro têm como objetivo oferecer um treinamento específico ao cão, para o desempenho de tarefas dentro das unidades prisionais.
“Em uma situação real, usamos a agressão para intimidar o oponente, para que ele não tente nada contra a equipe de agentes, com intuito de não utilizar o cão em uma abordagem mais agressiva. Caso seja necessário uma reação mais ostensiva, a mordida do cão será cheia e forte”, pontua.
“Por isso, na base da formação do cão, trabalhamos, paralelamente, as duas situações: agressão e caça”, conclui Morgado.
AUTONOMIA
O adestrador destaca que o terceiro encontro buscou, também, dar mais autonomia aos profissionais, uma vez que a parte prática dos treinamentos foi realizada pelos adestradores de cada canil participante, sob a supervisão de Morgado.
Estiveram no evento treinadores que atuam em canis de nove unidades prisionais localizadas nas cidades de Avanhandava, Avaré, Balbinos, Bauru, Pirajuí, Taiúva, Ribeirão Preto e Serra Azul. Dois servidores do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Porto Feliz também participaram da atividade, como convidados.