Bolsa de Iniciação Científica Júnior: reconhecimento de conquistas e porta para novas oportunidades
Quando a Bolsa de Iniciação Científica Júnior (BICJr) chegou à casa de Patrícia Peres, a única renda fixa da família era o Auxílio Brasil. “Antes, eu recebia R$ 90. Agora, são R$ 425. E, no fim do ano passado, vi que tinham depositado R$ 1.425. Fiquei muito feliz quando descobri que era da Bolsa de Iniciação Científica Júnior da minha filha”, conta a autônoma de Teresina (PI), que vive com o marido e os dois filhos, e é inscrita no Cadastro Único do Governo Federal.
O benefício conquistado por Evelyn, de 15 anos, veio depois que a jovem faturou medalhas de ouro e prata na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. “A Bolsa de Iniciação Científica Júnior trouxe um maior estímulo porque é um incentivo muito grande para a gente continuar investindo na educação deles”, aponta Patrícia. “Ajudou muito na compra de livros, materiais e também na questão da internet, porque também é pago com esse dinheiro”, acrescenta a mãe.
Já a filha projeta como poderá levar esse aprendizado ainda mais longe. “Eu quero impactar as pessoas com o meu conhecimento e poder também incentivar outras pessoas que estão em uma jornada parecida com a minha”, comenta Evelyn.
Em Salvador (BA), o jovem David Souza, de 18 anos, também foi contemplado com a BICJr. “Eu quero usar isso para investir ainda mais na minha educação e tornar mais real, mais palpável, o sonho que eu tenho de ir para o ITA”, deseja.
A BICJr é um dos benefícios complementares do Programa Auxílio Brasil e concedida a estudantes que tenham se destacado, no ano anterior, em competições acadêmicas e científicas de abrangência nacional vinculadas a temas da educação básica. A finalidade é incentivar os alunos nos estudos e no desenvolvimento de potencialidades na ciência, contribuindo para a melhor integração ao ambiente escolar e à elevação da autoestima, além da profissionalização na área.
“A Bolsa de Iniciação Científica Júnior visa reconhecer o desempenho e estimular a participação de estudantes integrantes de famílias beneficiárias do Auxílio Brasil nessas competições. Além de ser um incremento à renda da família, incentiva esses estudantes a continuarem se dedicando aos estudos, em busca de um futuro melhor”, destaca Luciana Seabra, diretora de Condicionalidades da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc) do Ministério da Cidadania.
As competições credenciadas ao benefício são aquelas que recebem apoio, de qualquer natureza, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Na concessão da BICJr em 2021, foram consideradas cinco Olimpíadas Científicas lançadas no ano anterior: Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), Olimpíada Internacional de Física e Cultura (iPHCO), Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) e Olimpíada Nacional de Aplicativos (ONDA).
Perspectivas
Em abril, 2.384 estudantes foram indicados pelo Governo Federal, por meios do Ministério da Cidadania, ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para a continuidade do pagamento da BICJr, que conta com processamento mensal para verificação de manutenção de elegibilidade.
São pagas 12 parcelas mensais de R$ 100 por estudante, além de uma parcela única de R$ 1 mil por família. Os pagamentos mensais são executados pelo CNPq, após transferência de recursos do Ministério da Cidadania, e mantidos ao beneficiário independentemente da permanência dele ou da família no
Programa Auxílio Brasil. No entanto, é necessário que a família do estudante permaneça no Cadastro Único. A cota anual de R$ 1 mil é paga diretamente pelo Ministério.
“Isso implica o pagamento por dois bancos diferentes, porque o contrato do Ministério da Cidadania é via Caixa Econômica Federal para operacionalizar o pagamento dos benefícios do Auxílio Brasil, enquanto o contrato do CNPq é com o Banco do Brasil. Isso gera, por exemplo, diferentes regras de pagamento e saque da BICJr”, explica a diretora Luciana Seabra.
Para sacar as parcelas mensais, o estudante precisa, a cada mês, ir a uma agência do Banco do Brasil com documento de identificação (com foto) e CPF. Se for menor de idade, ele deverá estar acompanhado do(a) responsável legal, ambos com a documentação.
Para mais informações sobre o pagamento da parcela mensal, é possível entrar em contato com o MCTI/CNPq pelo e-mail. O beneficiário ainda pode mitigar eventuais dúvidas na página de perguntas e respostas ou pela Central de Atendimento do Ministério da Cidadania.
Com informações do Ministério da Cidadania.
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