Damares lança ‘cartilha da maconha’ contra uso medicinal
O ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado por Damares Alves, lançou uma cartilha sobre os riscos do uso da maconha para a família, infância e juventude e contra o uso medicinal.
“Há evidências científicas robustas de que o início precoce e a frequência do uso da maconha estão relacionados com maior probabilidade de uso crônico, uso abusivo e dependência, além de maiores prejuízos econômicos, sociais, e à saúde física e mental, não se tratando de uma droga inofensiva”, afirma a cartilha.
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O documento, que contém 31 páginas, diz que a droga causa dependência química, afeta o desenvolvimento do cérebro e suas funções mentais, que o uso está associado a um maior risco de acidentes automobilísticos e que leva a um aumento no número de homicídios, criminalidade e violência.
Maconha medicinal
A cartilha afirma que “é importante salientar que o uso terapêutico dos componentes da maconha ainda é extremamente restrito, contando com pouquíssimas evidências científicas”.
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A cartilha relata também que o CFM (Conselho Federal de Medicina) do Brasil “deixa claro a escassez de estudos que sustentam o uso terapêutico do canabidiol” – o órgão liberou apenas o uso compassivo da substância exclusiva para o tratamento de epilepsias na infância e adolescência refratárias às terapias convencionais.
“O uso de maconha durante a gestação pode causar atraso no desenvolvimento fetal e problemas neurológicos nos bebês (Corsi et al.,2019), e a legalização no Brasil pode trazer uma sensação de segurança a essas mulheres, levando-as a ignorar os riscos ao bebê ao confiarem na recomendação do vendedor”, diz.
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A elaboração da cartilha ficou a cargo das secretarias Nacional da Família e Cuidados e Prevenção às Drogas.