Evento com Febraban e MPT discute capacitação de jovem negro
A capacitação de jovens negros e negras foi uma das pautas do último dia do evento Afro Presença, na tarde desta sexta-feira (2). Na mesa Conexão Negra, coordenada pelo MPT (Ministério Público do Trabalho), foi apresentada a iniciativa que visa inserir universitários, por meio de curso preparatório, no mercado de trabalho jurídico, publicitário e empresarial.
O encontrou virtual discutiu em três dias, tendo início na quarta-feira (1º), as formas de promoção de mais oportunidades de emprego para a população negra.
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A iniciativa do MPT, pauta de mesa nesta sexta-feira, é uma formação de jovens em uma parceria com a Caritas Brasileira, e com apoio da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), do Pacto Global e ONU Mulheres.
Para a procuradora Valdirene Silva de Assis, do MPT e que mediou a mesa virtual, a formação da turma soteropolitana foi importante por marcar também a escolha da iniciativa, em parceria com o bloco afro Ilê Aiyê, em atuar na capital baiana — que é a capital com maior proporção de negros no país.
Durante o evento, uma turma da Conexão Negra aconteceu a formatura de 61 jovens de uma turma da Conexão Negra de Salvador (BA). A mesa contou com a fala de dois oradores da turma. Em uma das intervenções, citando Racionais MCs e com referências históricas e religiosas, a oradora Tamara Odara Bomfim disse sobre a dificuldade de inserção no mercado de trabalho da população negra e a importância de ter se formado, conseguindo a certificação necessária, acredita, para ingressar no mercado de trabalho.
A certificação citada pela estudante é a CPA-10, que é a principal certificação da Anbima (Associação Brasileira de Entidades do Mercado de Capitais), atestando os profissionais que desempenham funções de produtos de investimento com o público investidor em agências bancárias. A turma teve uma taxa de aprovação de 74%, o que é superior à média de mercado.
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O presidente da Febraban, Isaac Sidney, destacou que a data “não é especial apenas para os 61 formandos em Salvador, mas é também um dia para que tenhamos como especial sobretudo para o setor bancário”. Isso porque, segundo ele, as certificações dos jovens “não é um favor, é o cumprindo a nossa responsabilidade social, que é dar ferramentas para dar condições de competição e atuando para combater a desigualdade social e racial”.
Não é especial apenas para os 61 formandos de Salvador. “Esse é um dia para que tenhamos como especial sobretudo para o setor bancário” porque … “essa turma alcançou um média de certificação em torno de 74%, o que é muito superior à média do mercado”.