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Paulo Guedes diz que Mandetta era só um ‘animador de auditório’

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TV Senado / Reprodução 29-10-2020

Paulo Guedes diz que Mandetta era só um ‘animador de auditório’


O ministro da Economia, Paulo Guedes, fez duras críticas ao ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em sua participação na comissão mista do Congresso que debatia as medidas do governo para conter a pandemia do novo coronavírus.

Segundo Guedes, Mandetta era um “animador de auditório”, não um gestor. Ele respondia às acusações do ex-ministro da Saúde, que, no livre recém-lançado Um Paciente Chamado Brasil, o acusou de menosprezar a pandemia.

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Guedes havia acabado de falar no “sucesso” de medidas como o auxílio emergencial e a redução da jornada de trabalho e salários, que teriam evitado, de acordo com o ministro, a demissão de 11 milhões de trabalhadores no país, quando citou Mandetta.

“Vem um ex-ministro da Saúde e diz: ‘Eu acho que ele [Guedes] não deu muita importância à crise. É um animador de televisão, um inconsequente de falar algo como isso.”

Guedes afirmou também que Mandetta era incompetente para resolver os problemas dos Estados. Ele citou que os dois ministros que vieram em seguida, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, resolveram em algumas horas o problema da falta de ventiladores no Estado de São Paulo, que Mandetta não conseguia resolver. “A logística começou a funcionar, em vez de animação de auditório, teve entrega.”

“Nós tomamos medida em todas as direções, de redução de tarifas médicas a auxílios para os setores. Vem esse ex-ministro e diz isso: é uma grande injustiça”, defendeu-se.

O titular da Economia citou também um atrito que teve com Mandetta no início do ano, acerca dos preços dos medicamentos.

“Eu tive uma altercação forte com ele {Mandetta}, tabelamento de jeito nenhum, se não os remédios vão desaparecer das prateleiras”, contou, citando um trecho da publicação em que Mandetta diz ter ficado assustado ao perceber que o ministro da Economia, em seu segundo ano no governo, não tinha a informação de que os preços de medicamentos são definidos pelo governo, para evitar abusos das indústrias.

Auxílio emergencial

Guedes afirmou aos parlamentares que o auxílio emergencial e a manutenção de empregos com redução de salários e jornadas foram medidas bem sucedidas do governo federal no combate à crise econômica advinda com a pandemia.

Ele também cobrou a paternidade do auxílio, ainda que tenha se mostrado inicialmente contrário ao valor de R$ 600, que achava muito alto.

“Quem desenhou essa medida foi a Economia, quem ampliou a base e o valor foi o trabalho com o Congresso, e com todo o mérito”, explicou o ministro, que justificou que não poderia lançar um auxílio emergencial com benefícios acima do Bolsa Família.

Segundo o site da Caixa Econômica Federal, o Bolsa Família é “destinado às famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza que tenham em sua composição gestantes, nutrizes (mães que amamentam), crianças e adolescentes de 0 a 15 anos. O valor de cada benefício é de R$ 41,00 e cada família pode acumular até 5 benefícios por mês, chegando a R$ 205,00.”

“Por que que alguém que já está no governo vai receber menos do que quem acabou de receber uma ajuda agora, acabou de entrar. Não, os brasileiros são iguais, a ajuda é igual para todo mundo”, afirmou Guedes, que queria que o auxílio ficasse restrito a R$ 200.”

“Então, coloquei naquele nível inicial, no qual estava o Bolsa Familia, sabendo que seria aumentado. Se foi aumentado muito ou pouco, isso é outra conversa.”

O ministro da Economia afirmou que o governo tem como bancar o benefício até o fim deste ano, mas terá dificuldade caso ocorra uma segunda onda da covid-19, como tem ocorrido em países da Europa.

“Se vier uma segunda onda, nós vamos trabalhar de uma forma tão decisiva como fizemos na primeira.”

Ele voltou a insistir na necessidade de reformas estruturantes que mexam com os alicerces da economia nacional.

“Nós não podemos, por desfaçatez, por omissão, deixar de enfrentar os reais problemas da economia brasileira.” 

Guedes afirmou que o auxílio emergencial evitou a convulsão social da população carente do país e manteve “os sinais vitais da economia preservados”.

“Nós protegemos 38 milhões de brasileiros, mais vulneráveis, que ficaram sem acesso ao seu ganha-pão.”

O ministro voltou a afirmar que o programa de redução de jornadas e salários evitou a demissão de 11 milhões de brasileiros. 

“O Brasil tinha 33 milhões no mercado formal e assinamos 18 milhões de contratos de preservação de empregos para quase 11 milhões de trabalhadores. Ou seja, um terço da mão de obra formal teve seus empregos preservados. Nós conseguimos impedir essa tragédia.”

Segundo ele, no mesmo período, o mercado de trabalho dos Estados Unidos, “o mais flexível do mundo, demitiu 30 milhões de pessoas.

TV Senado / Reprodução 29-10-2020
Fonte: R7

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