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Toffoli: ‘Racismo estrutural está disseminado na sociedade’

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Adriano Machado/Reuters

Toffoli: ‘Racismo estrutural está disseminado na sociedade’


Nesta quarta-feira (30), o ex-presidente e ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Antonio Dias Toffoli participou do painel de abertura do evento Afro Presença, um encontro que visa promover mais oportunidades de emprego para jovens negras e negros universitários.

O ministro destacou o racismo estrutural que atinge a sociedade brasileira. 

“Entre as manifestações da desigualdade social, a discriminação racial ocupa uma posição central, o racismo estrutural está disseminado na sociedade. Trata-se de um conjunto de regras estabelecidas no passado, que dificultam a presença da pessoa negra em espaços de poder”, afirmou Toffoli.

O ministro também ressaltou que a promoção do bem estar social de todos, independente de origem, raça, cor, sexo, gênero ou idade, é objetivo fundamental da Constituição.  “É uma meta que deve ser perseguida sempre, pelas instituições público e privadas, na busca pela concretização do objetivo de uma sociedade mais igual e pluralista”, disse.

Jovens negros em cargos de liderança

No encontro virtual, organizado pelo MPT (Ministério Público de Trbalho) e promovido pelo Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas), a responsável pela coordenação geral do Afro Presença e procuradora do MPT de São Paulo,Valdirene Silva de Assis, falou também sobre os desafios no enfrentamento ao racismo estrutural. 

“O MPT atua no combate a todas as formas de discriminação e na promoção da igualdade racial. O enfrentamento ao racismo é uma de nossas ações essenciais”, explicou Valdirene. 

Além disso, a procuradora comentou a respeito de iniciativas do MPT que visam uma presença maior da população negra — especialmente jovens —, em diversas áreas de atuação e, principalmente, em posições de destaque e liderança. 

“O foco nos universitários é justamente porque nossa intenção é de uma inclusão qualificada em postos estratégicos, de mando e gestão. São pensados postos como trainees, cargos efetivos e estágios nessas áreas estratégicas”, disse. 

Um dos exemplos trazidos por Valdirene é do Conexão Negra. “É uma atividade que nos desempenhamos, nós do MPT, viajando Brasil a fora, para capacitação de jovens universitários, com a participação da iniciativa privada, na construção de uma rede de empregabilidade”, comentou. 

Além dessa, outras iniciativas são feitas pelo MPT, mas que focam em diferentes áreas de atuação, como representatividade negra na mídia e redes sociais voltadas ao protagonismo de pessoas negras. 

Valdirene também aproveitou para ressaltar a importância do diálogo entre diversos setores, público e privados, na construção de respostas assertivas ao racismo estrutural. “É um trabalho que não se faz sem muitas mãos, sem tantos e importantes parceiros”, concluiu. 

A abertura do evento contou com a participação do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli; do Procurador-Geral do Trabalho, Alberto Bastos Balazeiro; Valdirene Silva de Assis, responsável pela coordenação geral do Afro Presença e procuradora do MPT (Ministério Público do Trabalho) de São Paulo; Elias Rodrigues, secretária-executiva adjunta da Coordenação de Promoção da Igualdade Racial – Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania; Rodolfo Sirol, presidente Conselho da Rede Brasil do Pacto Global e Valter Farid Antônio Junior, secretário-executivo da Justiça e Cidadania.

Adriano Machado/Reuters
Fonte: R7

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