Absoluto: conheça a história do Omega, substituto do Opala
A evolução dos sedãs grandes chegou em agosto de 1992 quando a General Motors do Brasil resolveu apostar suas fichas num modelo que tivesse todos os atributos do já consagrado e líder de vendas Opala. O motivo? Enfrentar a concorrência dos importados.
Este novo carro deveria seguir o mesmo sucesso do modelo que o antecedeu. Uma mecânica robusta , espaço suficiente para que cinco ocupantes viajassem com conforto e um belo desenho na carroceria.
Com estes ingredientes a GM colocava no mercado o Omega, um veículo que tinha todos os requisitos para enfrentar a forte concorrência dos importados, com a reabertura para o comércio de carros estrangeiros.
O sedã da GM foi lançado inicialmente nas versões GLS (Gran Luxo Super) e a topo de linha CD (Confort Diamond) . A GLS já vinha bem recheada contando com freios ABS, teto solar e computador de bordo como opcionais.
Já a CD contava com os mesmos equipamentos da GLS , além de transmissão automática, piloto automático, painel digital de cristal líquido, toca-CDs, dupla regulagem de apoio lombar, bancos com revestimento em couro, ajuste elétrico dos faróis e porta-luvas refrigerado , muito útil para manter alimentos e bebidas em temperatura ambiente.
Imponente, graças aos seus 4,74 metros de comprimento, 1,76 metro de largura e 1,41 metro de altura, o Omega tinha ares de carro importado, principalmente os americanos. Só a título de curiosidade, nos Estados Unidos, o modelo é considerado como um sedã médio-grande enquanto no Brasil, sedã grande.
Com um espaço de sobra, mesmo para quem vai atrás, levando em consideração seus 2,73 metros de entre-eixos, o Omega superava em conforto fazendo com que longas viagens se tornasse um prazer a seus ocupantes, digno de primeira classe.
No conjunto mecânico, o motor da GLS , um 2,0 litros era o mesmo empregado no Monza , porém a posição era longitudinal e a injeção eletrônica utilizada era a Motronic em vez da Bosch LE-Jetronic. A potência ficava em 116 cv, com torque de 17,3 Kgfm a 2.800 rpm na versão a gasolina e 130 cv na movida a álcool e torque de 18,6 Kgfm a 4.000 rpm .
Por fora, o Omega impunha muito status, principalmente a versão mais completa que contava com a grade do radiador cromada, espelhos e pára-choques parcialmente pintados na cor da carroceria, faróis auxiliares, teto solar, além das exclusivas rodas raiadas de 15 polegadas.
Suprema
Em abril de 1993 foi a vez da versão perua do Omega chegar ao mercado nacional. Batizada de Suprema , o carro agradava pelo espaçoso porta-malas de 540 litros , sendo que com o banco rebatido estas medidas pulavam para 1.850 litros.
Você viu?
A suspensão possuía um sistema pneumático, que funcionava por bomba auxiliar, que mesmo com o porta-malas carregado, mantinha o mesmo nivelamento da carroceria, favorecendo o conforto.
O desenho da traseira, de traços retos, criava uma certa harmonia com o resto do conjunto, além de favorecer na visibilidade, sobretudo nas manobras em vagas apertadas. Assim como o Omega , a Suprema também estava disponível tanto na versão GLS e CD.
Em 1994, a GM lançava a espartana versão GL (Gran Luxo) , idealizada para atender a frota de taxistas e empresas em geral. A mecânica era a mesma da intermediária GLS , porém o acabamento denotava uma certa simplicidade.
Não dispunha de rodas de alumínio e frisos cromados nos para-choques. Internamente o acabamento demonstrava um certo esquecimento nos detalhes como, por exemplo, a ausência de um relógio digital, conta-giros e um acabamento mais caprichado no forro das portas.
1995: o Omega ganha fôlego e pequenas mudanças no estilo
Um ano depois, a linha Omega passava a contar com algumas mudanças mecânicas. Agora a opção ficava por conta do motor de 2,2 litros (uma evolução do antigo 2.0 , graças ao aumento no curso dos pistões de 86 para 94,6 mm), além da topo de linha 4,1 litros, que substituía a de 3.0 . Na verdade era o ressurgimento do famoso 4.1/S do Opala, porém com algumas atualizações nos sistemas de alimentação e injeção.
Na prática os três cavalos a mais na nova versão – 168 cv ante os 165 cv – não renderam em agilidade. Já em torque o resultado era satisfatório com o aumento para 29,1 Kgfm a partir das 3.500 rpm (o antigo tinha 23,4 Kgfm a 4.200 rpm). Na Europa, o motor 3,0 litros, de seis cilindros em linha era substituído por um V6 de mesma cilindrada.
Esteticamente, as diferenças eram sutis. Na GLS , na traseira o friso que encobria a placa de licença se estendia até as extremidades das lanternas. Fora isso, novas cores passavam a fazer parte da linha 1995.
Na versão CD , lanternas fumê, retrovisor interno fotocrômico (impede a incidência de luz evitando assim o ofuscamento na visão do motorista), novas rodas, um sutil spoiler fixado na tampa do porta-malas , além de apliques imitando madeira no console e nas portas eram as mudanças mais significativas. Em 1998, o Omega deixava de ser fabricado deixando uma legião de fãs por todo o Brasil.