Honda City Hatch enfrenta o Toyota Yaris renovado. Qual vence?
A rivalidade entre os hatches compactos esquentou com a chegada da nova geração do Honda City. E se já era acirrado o embate que existia entre o antecessor Fit e o Toyota Yaris, agora a situação está ainda mais interessante.
A substituição do Fit pelo City Hatch tem algumas duras missões. A maior delas? Manter o público cativo do Fit convencido o bastante para ver como a novidade evoluiu. Mas será que o rival Yaris vai deixar isso barato? Avaliamos os dois modelos para determinar qual merece mais a vaga na garagem.
A versão mais equipada do Toyota Yaris Sedan XLS sai por R$ 113.290, ante R$ 127.100 do Honda City Touring . Mas será que essa diferença de R$ 13.810 se justifica ao assumir o volante? É o que vamos ver a seguir.
Todas as versões (EXL e Touring) do Honda City hatch trazem a modularidade dos bancos, o botão de partida do motor, sistema de destravamento por proximidade da chave, ar-condicionado digital, nova central multimídia de 8 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay sem-fio e câmera de ré multivisão.
O silêncio na cabine também chama a atenção. Esta é a primeira geração do City a receber aplicação de espuma expansiva de poliuretano nas extremidades inferiores das coluna dianteira e central. Outra medida anti-ruído e vibração é a aplicação de material fono absorvente, com espessura variável na parte inferior do compartimento do motor.
Algo que ainda se prova “bom de briga” é o conjunto mecânico, composto pelo novo motor 1.5, de alumínio, de funcionamento mais suave e que funciona com câmbio automático do tipo CVT. Além disso, a carroceria ganha mais rigidez, o que contribui significativamente para uma melhor dirigibilidade e mais segurança.
O novo motor 1.5 do Honda tem 126 cv e 15,5 kgfm (gasolina e etanol) e funciona com suavidade e certa economia de combustível. Segundo o Inmetro, o novo City hatch faz 9,1/13,3 km/l e (etanol/gasolina) na cidade. Em trechos rodoviários, passa para 10,5/14,8 km/l, respectivamente. O câmbio CVT também foi reconfigurado, com simulação de sete marchas e hastes atrás do volante.
Quanto aos itens de segurança , a versão testada vem com pacote de tecnologias de segurança e assistência ao motorista. O recurso tem controle de cruzeiro adaptativo, além de sistemas de frenagem para mitigação de colisão, de assistência de permanência em faixa, bem como ajuste automático de farol, entre outros. Portanto, o Honda se mostrou mais seguro que o rival da Toyota .
Jogo dos sete erros
O desenho externo do Toyota Yaris 2023 ganhou novos para-choques, grade e conjunto óptico que contam agora com DRL em LED, disponível para todas as versões. As rodas de aro 15 também são novas e possuem dois tons.
Agora o motor 1.5 do Yaris tem 110 cv e 14,9 kgfm de torque, quando abastecido com etanol, e 105 cv e 14,3 kgfm de torque, quando abastecido com gasolina sem impactar no consumo. Segundo o Inmetro, o hatch faz 8,8 km/l na cidade e 10 km/l na estrada.
Associado a este motor 1.5, todas as versões contam com câmbio CVT, que simula 7 marchas e, pela primeira vez, passam a vir com dois modos de condução (Eco e Sport) sendo que a XS e XLS contam com opção de trocas de marchas no volante.
Quando vamos para o interior, encontramos uma central multimídia de 7 polegadas sensível ao toque, compatível com Android Auto e Apple Carplay e duas novas entradas USB na parte traseira. Mas o sistema não se mostrou tão moderno e intuitivo quanto do do rival da Honda. Além disso, faltou uma multiplexagem que destrave as portas ao desligar a ignição. Depois de desligar o carro, é preciso lembrar preciso fazer isso manualmente.
Entre os itens de segurança do Toyota Yaris há o sistema de pré-colisão, que ajuda nas frenagens, emitindo um alerta sonoro e visual, além de fornecer uma carga extra no pedal do freio. Além disso, também conta com alerta de evasão de faixa, que avisa por meio de um bip sonoro quando o veículo sai da faixa de rolagem sem dar seta para um dos lados.
Impressões
Ambos os modelos apostam na união entre espaço interno, simplicidade dos conjuntos mecânicos, bom nível de equipamentos de conectividade e segurança, bem como eficiência no dia-a-dia.
O Yaris roda com conforto e precisão. Entretanto, deixa um pouco a desejar com relação ao casamento entre distância da direção e dos pedais, o que prejudica a posição de dirigir. Poderia ter recurso de acerto de profundidade do volante, mas isso não é oferecido.
Apesar do câmbio CVT, o Toyota é capaz de adaptar o estilo de condução com facilidade. Se quiser agilidade para a cidade, encontramos. Se quiser priorizar a economia de combustível, basta manter o “pé leve” que, automaticamente, vemos acender a luz “eco” no painel.
O espaço para os ocupantes no Yaris também é bom. Atrás, não há nem o túnel central, o que permite boa acomodação para os pés, bem como também ajuda a preservar o espaço para as pernas dos ocupantes das janelas. Algo que deixou a desejar, entretanto, foi o espaço para a cabeça.
Tudo novo por dentro e por fora
O City , por outro lado, evoluiu bem mais que o riva da Toyota . Tirando a ausência do teto solar (que está presente no rival), evoluiu em nível de acabamento, conforto e ergonomia, posição ao dirigir, agilidade e espaço interno.
Assim como o Yaris , o City também conta com modo Eco para otimizar a autonomia, bem como modo Sport no câmbio, que aprimora as acelerações. A suspensão, agora, traz muito mais conforto, mas a precisão se mantém ao volante, com o aumento da rigidez de carroceria.
A central multimídia tem conectividade mais facilitada e se aproxima mais das últimas tecnologias já existentes no mercado. Além do mais, surpreende o espaço para os ocupantes, com maior sobra de espaço ante o Yaris .
Conclusão
O Toyota Yaris é mais em conta que o City , mas o conjunto do Honda se mostra superior no dia a dia e justifica a diferença de cerca de R$ 14 mil por ser melhor que o rival em quase todos os aspectos, o que inclui economia de combustível, desempenho, dirigiblidade e segurança.
O Honda fica devendo apenas um porta-malas um pouco maior (268 litros ante 310 litros do Toyota) e mais autonomia, prejudicada pelo pequeno tanque de apenas 39 litros, ante 45 do concorrente.
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Fica técnica Honda City Touring :
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Preço: R$ 127.100
Motor: 1.5, quatro cilindros, flex
Potência: 126 cv a 6.200 rpm
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Torque: 15,8 kgfm (E) / 15,5 (G) a 4.600 rpm
Transmissão: Automático, CVT, tração dianteira
Suspensão: Independente, McPherson (dianteira) / eixo de torção (traseira)
Freios: Discos ventilados (dianteiros) / tambor (traseiros)
Pneus: 185/55 R16
Dimensões: 4,34 m (comprimento) / 1,74 m (largura) / 1,49 m (altura), 2,60 m (entre-eixos)
Tanque: 39 litros
Porta-malas: 268 litros
Consumo gasolina: 13,3 km/l (cidade) / 14,8 km/l (estrada) e 9,1 km/l (cidade) e 10,5 km/l (estrada), com etanol
0 a 100 km/h: 10,8 segundos
Velocidade máxima: 175 km/h
Ficha Técnica Toyota Yaris XLS
Preço: R$ 113.290
Motor: 1.5, quatro cilindros, flex
Potência: 110 cv (E) / 105 cv (G) a 5.600 rpm
Torque: 14,9 kgfm (E) / 14,3 (G) a 4.000 rpm
Transmissão: Automático, CVT, tração dianteira
Suspensão: Independente, McPherson (dianteira) / eixo de torção (traseira)
Freios: Discos ventilados (dianteiros) / tambor (traseiros)
Pneus: 185/60 R15
Dimensões: 4,14 m (comprimento) / 1,73 m (largura) / 1,49 m (altura), 2,55 m (entre-eixos)
Tanque: 45 litros
Porta-malas: 310 litros
Consumo gasolina: 12,6 km/l (cidade) / 13,8 km/l (estrada) e 8,8 km/ (cidade) e 10 km/l (estrada), com etanol
0 a 100 km/h: 11,8 segundos
Velocidade máxima: 173 km/h