Pesquisa ajuda a explicar sucesso dos carros por assinatura
Saindo do modelo de posse de um carro, o consumidor está se habituando cada vez mais a buscar os serviços de locação de veículos de longo prazo. Mas o que explica essa mudança na relação entre as pessoas e os automóveis?
Na opinião de Tiago Serrano, CEO da SoluCX — empresa especializada em pesquisa de satisfação e NPS — isso está ligado justamente à melhor experiência de uso de um carro oferecida por esses serviços de locação, no qual o usuário paga um valor fixo pelo uso do veículo.
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Um levantamento realizado recentemente pela companhia com o tema compra de um automóvel apontou que 48,6% dos entrevistados avaliaram com “dislikes” o fator desvalorização de um veículo , enquanto 39,2% não estão satisfeitos com o custo de manutenção e 29,8% com o valor de revenda.
Ainda de acordo com o CEO da SoluCX, os impactos social e econômico da pandemia de Covid-19 também ajudam a explicar esse sucesso do ramo, com o aumento na rejeição do público pelos transportes públicos combinados com o temor de muitas pessoas de se comprometerem com uma dívida de longo prazo. Que é justamente o que acontece na compra de um carro .
“Uma boa saída para as montadoras, frente a mudança de comportamento do consumidor nos últimos meses e quedas nas vendas de veículos, é estreitar e retomar o relacionamento com o consumidor. Existem inúmeras formas de medir a satisfação em relação aos serviços e, também, de entender o motivo pelo qual o carro alugado se tornou uma opção mais viável”, completa Serrano.
Mercado de locação
Apesar dos efeitos negativos da pandemia sobre a economia, o setor de locação de veículos conseguiu ultrapassar pela primeira vez em 2020 a marca de 1 milhão de veículos na frota, número que inclui os carros de locação e os seminovos disponíveis para venda.
O dado faz parte do Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos, divulgado nesta semana pela Abla (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis). Desde total, 52% está em serviços de terceirização de frota, 34% para turismo de lazer e 16% para turismo de negócios.