Dólar reverte queda e fecha com pequena alta, a R$ 5,31
O alívio em relação ao mercado chinês e as decisões sobre os juros no Brasil e nos Estados Unidos fizeram a bolsa e o dólar subir nesta quinta-feira (23). O índice Ibovespa subiu pelo terceiro dia consecutivo e retomou o nível de 114 mil pontos. O dólar alternou altas e baixas ao longo das negociações, mas fechou em leve alta.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,31, com pequena valorização de 0,1%. A cotação chegou a cair para R$ 5,27, por volta das 11h10. Perto do fim da sessão, a divisa firmou a tendência de alta.
A moeda norte-americana acumula alta de 2,66% em setembro. Em 2021, a valorização chega a 2,33%.
Depois de quedas recentes, o mercado de ações teve mais um dia de recuperação. O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta quinta-feira aos 114.064 pontos, com alta de 1,59%. Essa foi a terceira alta seguida do indicador, que acumula queda de 3,97% em setembro e de 4,16% neste ano.
Apesar da ocupação do prédio da bolsa hoje à tarde por um grupo de trabalhadores sem teto, as negociações continuaram normalmente. Isso porque as transações na bolsa são realizadas de forma virtual.
A bolsa continua reagindo positivamente ao fechamento de um acordo entre a incorporadora chinesa Evergrande com credores. A expectativa de que a crise no mercado imobiliário do país asiático seja contida aumentou o preço de ações de empresas exportadoras de commodities (bens primários com cotação internacional). Maior parceira comercial do Brasil, a China compra minérios e diversos tipos de alimento do mercado brasileiro.
Em relação ao câmbio, o dólar subiu sob reflexo da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que ontem (22) elevou a taxa Selic – juros básicos da economia – de 5,25% para 6,25% ao ano. O reajuste foi considerado insuficiente pelas instituições financeiras para estimular a entrada de capital no país, um dia depois de o Federal Reserve, Banco Central norte-americano, anunciar que pretende começar a retirar os estímulos monetários concedidos durante a pandemia da covid-19 na reunião de novembro.
* Com informações da Reuters
Edição: Fernando Fraga