“Acorda, menina!” Com as novas manhãs da TV Globo, o bordão de Ana Maria Braga agora entra mais tarde na programação, invertendo o horário com o “Encontro”, a partir do dia 4 de julho. Mas a apresentadora gosta de frisar que sua chamada diária para os telespectadores será mantida, até porque o objetivo do incentivo sempre foi outro.
“Tem mais de 20 anos que falo esse bordão e não tem horário. Mais do que tirar a pessoa da cama, é um “tira a bunda do sofá”, é o ‘acorda para a vida’. Fico sempre muito sensibilizada quando ouço histórias de pessoas que mudaram de vida depois desse ‘Acorda menina'”, conta.
“Esse horário da manhã, que vem logo após as notícias do jornalismo, que nem sempre são boas, a gente tem essa missão de dar sequência dando a leveza e a motivação”, diz Ana Maria Braga no evento de lançamento das ‘supermanhãs’ da TV Globo, como as mudanças estão sendo chamadas.
A análise da loira sobre o papel do programa vem de acordo com as pesquisas internas desenvolvidas pela emissora para promover as mudanças na grade. O ditado de que “em time que está ganhando não se mexe” não se aplica. Justamente porque os executivos já celebravam os melhores resultados das manhãs nos últimos cinco anos.
“E aí perguntam: ‘por que mudar, então?’ Não tem a ver com buscar atingir um público específico, mas porque estamos atentos aos movimentos da sociedade. Acabamos de viver uma pandemia que mudou ou acelerou tendências comportamentais. O país vive momento de desemprego altíssimo, uma busca pela renda extraordinária, o que significa informalidade massiva. Isso deixa o horário fluido de trabalho. Isso muda o perfil dos lares”, explica Amauri Soares, diretor da TV Globo, e um dos responsáveis pela alteração da grade de programação.
As mudanças não estão, necessariamente, em mudar os formatos, mas estão acompanhadas de novos rostos. Começando logo após o “Bom Dia, Brasil”, o “Encontro” passa a ter o comando de Patrícia Poeta e Manoel Soares.
“Estou muito animada de estar nesse novo desafio aos 4.5 (brincadeira com a idade), e dá um friozão na barriga. O “Encontro” tem mistura de jornalismo e entretenimento, eu gosto dessa mistura. E a gente vem com responsabilidade grande. Porque damos sequência ao noticiário. Vamos dar espaço ao que é factual e dando aprofundamentos, entrevistando especialistas, chamando convidados”, diz Poeta.
Já o “É de casa”, exibido aos sábados, troca o time de apresentadores quase por completo (Talitha Morete, integrada ao time há um ano e meio, é a única que segue. A ela se juntam Thiago Oliveira, Rita Batista e Maria Beltrão.
“Engraçado que já fico vendo o ‘É de casa’ pensando nesse papo de programação. Entendo por que tal quadro vem quando estou acordando, outro porque já estou mais atenta a notícias. Eu venho do Hard News”, afirma.
“Sei que agora vou falar com um público maior e abarcar classes que não falava na GloboNews. Tenho que aprender também. Vejo a confiança da Globo em querer mexer em time que já estava ganhando, sei que faz parte da filosofia da emissora em ousar e agradeço a confiança por quererem ousar comigo”, celebra Maria Beltrão.
E, com isso, claro, cada integrante tenta levar sua marca. “Um novo sotaque já chama a atenção. E claro que não estou resumindo minha experiência de 20 anos a isso. Cheguei a maioridade no lugar que sempre sonhei estar e minha maior vontade é imprimir todo esse Brasil diverso”, diz Rita Batista, que é baiana e agora viverá na ponte aérea entre Salvador, São Paulo e o Rio de Janeiro.
‘Sol de nossas manhãs’
Logo que Ana Maria Braga chegou ao local da coletiva, todos os apresentadores celebraram gritando seu nome.
“Ana é o sol das nossas manhãs. E boa parte de tudo que foi pensado foi centrando nela”, diz Mariano Boni, diretor de variedades da Globo, que aproveitou para agradecer a Fátima Bernardes:
“Ela só não veio porque alguém tinha que trabalhar hoje, né? Falo não só como colega, mas amigo pessoal, ela está muito feliz com todas essas mudanças também e vocês precisam ver o brilho nos olhos dela rumo a esse novo desafio, que será o ‘The você Brasil'”.
Fonte: IG GENTE