Âncora da CNN é acusada de desejar morte de policiais ao vivo
A jornalista Daniela Lima, âncora na CNN Brasil , foi atacada nas redes sociais após ter comentado a chacina em Jacarezinho, uma operação realizada na última quinta-feira (6) pela polícia que deixou 20 mortos, entre elas a de um policial.
Na CNN Brasil, Daniela Lima ironizou o desequilíbrio nas mortes no confronto. “Vinte e cinco mortos, um policial e o discurso da polícia é que estava todo mundo fortemente armado. Aparentemente, estavam armados mas não sabiam matar, né? Porque eram 24 armados e mataram só um do outro lado, mas morreram todos esses”, disse.
Pelo visto há um esforço de distorção.Então vou responder aqui e só. Op q tem q prender 21, DEIXA QUASE 30 mortos e prende 6 n pode ser considerada eficaz. Obviamente estou questionando a TESE DE CONFRONTO, como tbm fez o STF. Eu, ao contrário de alguns, não queria NINGUÉM MORTO. https://t.co/uQqAgBMzsB
— Daniela Lima (@DanielaLima_) May 8, 2021
O nome da âncora foi parar entre os assuntos mais comentados, com muita gente, especialmente defensores do presidente Jair Bolsonaro, criticando Daniela Lima. Os internautas classificaram o comentário como infeliz e levantaram a tese de que a jornalista estaria defendendo a morte dos policiais, o que ela negou.
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“Pelo visto há um esforço de distorção. Então vou responder aqui e só. Operação que tem que prender 21, deixa quase 30 mortos e prende 6 não pode ser considerada eficaz. Obviamente estou questionando a tese de confronto, como também fez o STF. Eu, ao contrário de alguns, não queria ninguém”, explicou a âncora no Twitter.
Ela continua ao afirmar que em nenhum momento quis minimizar a morte do policial. “Rogo por um país em que a polícia não tenha que matar e muito menos morrer. Que tenha condições de, com segurança, cumprir a lei, prender quem deve ser preso”, continua.
“O ‘só’ não exprime , por óbvio, qualquer desejo de que mais homens da lei tivessem morrido. Apenas tentei, e aparentemente não consegui, mostrar que os números colocam em dúvida a hipótese do confronto”, conclui.
Para encerrar: em nenhum momento quis minimizar a morte do policial. Rogo por um país em que a polícia não tenha que matar é muito menos que morrer. Que tenha condições de, com segurança, cumprir a lei. Prender quem deve ser preso. (1)
— Daniela Lima (@DanielaLima_) May 8, 2021