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“Estaria quebrado sem direitos autorais”, diz Marcelo do Tchakabum

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“Estaria quebrado sem direitos autorais”, diz Marcelo do Tchakabum


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Nem e Marcelo Menezes, os irmãos que formam a banda Tchakabum
Felipe Alberto

Nem e Marcelo Menezes, os irmãos que formam a banda Tchakabum

Os irmãos Marcelo e Nem Menezes, do Tchakabum, estouraram em todo o Brasil com a música “Onda Onda”, em 2001. Passados mais de 20 anos desde a estreia, a faixa ainda faz sucesso onde toca, seja no Carnaval ou em uma festa infantil. Em entrevista ao iG Gente, Marcelo conta sonhar em emplacar um novo hit na mesma proporção e explica que os esforços dele estão voltados para que isso aconteça na nova fase em que a banda se encontra, após um hiato devido à pandemia do coronavírus.

O cantor revela que, assim como boa parte do setor cultural, precisou paralisar todas as atividades com a banda. Ele lembra que em 2019 o Tchakabum estava vivendo uma das melhores fases dos últimos anos, com shows fechados, participação em programas de TV e um engajamento cada vez maior nas redes sociais. Porém, precisaram suspender os trabalhos e o dinheiro parou de cair na conta de uma hora para a outra.

“O que me sustentou foram os direitos autorais. Eu escrevi as músicas e se não tivesse direitos autorais estaria quebrado”, conta Marcelo. A banda retomou os trabalhos no segundo semestre de 2021, mas o artista fala que demorou cerca de cinco meses para que ele voltasse a se acostumar com os shows e com a vida que levou por mais de duas décadas.

De volta aos palcos e aos estúdios de gravação, Marcelo está empenhado em conquistar um público mais jovem. No final de fevereiro, o Tchakabum lançou “Cavalona” em parceria com a cantora Gabily. No single, a banda se afastou do característico pagodão baiano e se aventurou em um novo ritmo, algo que faz parte da estratégia para chegar a novos ouvintes.

“A gente busca o engajamento com essa galera nova. O grande barato do Tchakabum é que o engajamento com as músicas antigas já existem. ‘Onda Onda’ vai tocar em festa de criança, na igreja, no churrasco, em tudo quanto é buraco. É uma música atemporal. Agora, nós temos que fazer um engajamento com as músicas que são modernas e acertar a mão”, explica.

Marcelo conta que a banda vai buscar usar elementos de estilos musicais como o trap, o funk e a eletrônica, ritmos que fazem sucesso atualmente. “Não tem como correr desse momento e, se correr, não funciona”, opina.

Apesar de ter acabado de lançar uma parceria, não há nenhuma previsão para o Tchakabum divulgar uma nova colaboração nos próximos tempos. O objetivo é a banda voltar a crescer primeiro para depois buscar projetos com outros artistas. Quando isso acontecer, Anitta é uma das cantoras que está na lista de futuras parcerias. “Anitta é mais para frente. Ela é uma grande parceira da gente, gosta muito de Tchakabum, sempre fala comigo e faz convites”, diz o cantor.

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Competição

No ramo musical desde o final dos anos 1990, Marcelo diz que a competição nessa área está maior que nunca. Ele analisa que conseguir emplacar um hit como “Onda Onda” está cada vez mais difícil. “Acertei uma música na sorte, pegou e virou. Isso é uma coisa que hoje em dia não funciona muito mais, não. A sorte hoje é comprada, não tem jeito”, diz.

Mesmo com o cenário acirrado, ele não esconde o sonho de ter um novo single no topo das paradas, na boca no povo e nas dancinhas do TikTok. O cantor diz que tem a receita para fazer uma música de sucesso, pois os hits que lançou no começo dos anos 2000 ainda são ouvidos e acredita que o erro da carreira dele foi ter parado de repetir essa fórmula.

“A receita de fazer o som eu tenho e eu errei de não continuar fazendo as mesmas receitas. Na época que eu fazia uma atrás da outra, tinha noção do que ia acontecer. Esse é o know how que eu tenho de criar hits. Se eu tenho isso, posso recolocar ele no mercado”, comenta.

Novo projeto

Além do trabalho com o Tchakabum, Marcelo também está dedicado a outro projeto relacionado com a música. Ele está construindo uma “casa-laboratório” em Vargem Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. O local será divido entre o espaço residencial, onde ele vai morar com a família, e uma área dedicada para a música, com dois estúdios, palco, piscina e um espaço gourmet para o lazer.

A ideia do cantor é usar o empreendimento para diferentes propósitos. Ele quer receber diferentes artistas para criar músicas, gravar videoclipes e fazer colaborações. Além disso, os estúdios servirão para ensaios, é onde funcionará uma gravadora e ele também vai gravar um podcast de lá. “Sempre quis ter um estúdio e já tive dois. Tive um dentro de casa pequenininho e outro que tomei um prejuízo danado. A documentação não era verdadeira, me dei mal e quebrei”, conta.

“Meu sonho é que meu empreendimento dê certo porque ele dando certo eu só vou fazer música. Sou uma máquina de fazer música e eu só fazendo música vou ter muito mais ligação com um próximo “Onda Onda”, porque vou estar totalmente engajado dentro do som”, finaliza Marcelo.

Fonte: IG GENTE

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