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Família de beatlemaníaco morto pela Covid procura cartas que reuniu para filha

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Família de beatlemaníaco morto pela Covid procura cartas que reuniu para filha


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O beatlemaníaco Karlo Schneider com as filhas e a esposa, Alcione
Facebook/Reprodução

O beatlemaníaco Karlo Schneider com as filhas e a esposa, Alcione

RIO – Beatlemaníaco 100%, Karlo Schneider gostava, como na canção de Paul McCartney, de imaginar como seria seu futuro. Quando sua filha nasceu, o potiguar escreveu uma carta para que ela pudesse ler no dia 4 de março de 2022, quando completasse 15 anos. Mas, antes disso acontecer, veio a pandemia. Schneider faleceu em março vítima de covid-19. Ele tinha 40 anos e sua filha Barbara, 14.

A esposa de Schneider, Alcione, foi atrás das cartas escritas no passado para consolar a filha. Mas elas tinham sumido. Além de apaixonado pelos Beatles, Schneider também sabia apreciar as caças ao tesouro, escondendo a missiva em um de seus LPs do quarteto britânico. Só que muitos deles foram vendidos no ano passado, quando a família passava por dificuldades financeiras. Agora, a família tenta reaver a carta que sumiu junto com os discos.

Desde então, a história dramática vem correndo o mundo dos fãs de Beatles e as redes sociais. Nas páginas dos beatlemaníacos nacionais, onde Schneider tinha muitos amigos, não se fala em outra coisa. O canal The Beatles School gravou um vídeo fazendo um apelo para os seus 35 mil seguidores — afinal, não é impossível que um deles tenha adquirido o álbum “premiado”.

— Esse é o maior presente que a minha família poderia receber agora — diz Alcione. — É o presente que ele está entregando para a sua filha, mesmo sem estar aqui fisicamente.

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A família toda é beatlemaníaca. Barbara deve seu nome a Barbara Bach, ex-namorada de John Lennon. A outra filha mais nova, Laya, foi batizada em homenagem Patti Boyd, ex de George Harrison. Schneider trabalhava no setor hoteleiro e realizava eventos com temáticas dos Beatles.

— Eu lembrei que a carta poderia estar em um LP porque meu esposo sempre gostou de caça ao tesouro — conta. — Na Páscoa, ele fazia mapinhas para os filhos acharem os presentes. A ideia era fazer a mesma coisa no aniversário da Barbara. Que ela buscasse a carta escondida em algum lugar da casa.

Além da carta principal, escrita pelo pai, há outras. Quando Alcione engravidou, Schneider também pediu para que amigos escrevessem para a Barbara do futuro. Elas também foram escondidas nos LPs e podem estar em posse de algum comprador. Nenhuma missiva ainda foi encontrada.

— Para nós, a carta mais importante é a do Schneider, claro — diz Alcione. — Mas também gostaríamos de reaver as outras.

Fonte: IG GENTE

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