Gaby Amarantos lança Purakê: “As pessoas sentem aos poucos o choque do álbum”
Após 10 anos do álbum ‘Treme’, seu álbum de estreia, Gaby Amarantos anuncia o lançamento do segundo trabalho de estúdio, o ‘Purakê’. O disco faz alusão a um peixe-elétrico pré-histórico da Amazônia. “É um choque natural, o álbum canaliza isso e mostra a força e a representatividade da mulher e cantora brasileira”, contou a diva paraense em entrevista coletiva.
A cantora promete chocar o público com músicas que vão desde as mais românticas até as mais dançantes. Para a cantora, a primeira música é um choque, por conta da potência das vozes dos feats, mas o álbum tem elementos diferentes. “A partir da segunda, você já quer dançar, na terceira, vai levantando, na quarta, quer chorar. No feat com a Liniker, você chora rios de lágrimas. Vão ser várias emoções, é uma eletricidade natural, é um carrossel de emoções”, diz.
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O álbum é uma forma de trazer as raízes de Gaby para a cena, ela contou que a produção ressalta a vontade de trazer mensagens da Amazônia e de Belém do Pará, cidade natal da cantora. No álbum, ela procura pensar na Amazônia fora do estereótipo, uma Amazônia “afro futurista, indígena e plural”.
“Foram várias imersões no meio da floresta, todas as canções são compostas com parceiros do Pará, só comendo tambaqui e filhote, tomando banho de rio, uma cachacinha de Jambu, mergulhamos na floresta para mostrar para as pessoas o que tem além do que foi proposto no ‘Treme'”, diz.
Além de Belém do Pará, Gaby quer valorizar as mulheres ribeirinhas. “Em muitas partes do Brasil, ainda vemos pessoas com pouca infraestrutura e passando por muitas dificuldades, seres humanos quase invisíveis, mas que possuem muita história de garra e determinação”, diz.
“Trago neste trabalho muito do olhar aos ribeirinhos, minha essência e vivência tanto no âmbito pessoal quanto espiritual. Jaloo me ajudou a casar toda essa criatividade em uma sonoridade que conversa com a natureza e traz uma eletricidade natural em cada faixa”, conta.
Gaby comenta que está animada para a primeira faixa do disco, que tem a participação de Alcione, Dona Onete e Elza Soares. “É a santíssima trindade da música popular brasileira, que abençoa o álbum, me abençoa nesse retorno para a música. É um primeiro choque no público e dá um tapa na cara para não sofrermos por um amor”, conta.
A faixa com as três é a que mais anima Gaby, que chama as cantoras de “deusas”. “Elza tem essa história de cantar essa dor, canta de um lugar de vivência, é muita história na voz. Dona Onete que é minha deusa do Pará, da Amazônia. Juntar elas com Alcione, essas três vozes, para mim, é dar um presente para o Brasil”, diz.