Luísa Sonza acusa marcas de boicote: ‘Não quero viver num país burro’
Luísa Sonza se mostrou revoltada com as marcas que procuram influenciadores para fazer publicidade. Nesta quinta-feira (9), a artista denunciou que algumas empresas boicotam influenciadores e artistas que se posicionam politicamente. No Twitter, a cantora pop questionou o papel social dos influenciadores.
Luísa Sonza, que trabalha tanto com música quanto com publicidade, foi ao Twitter denunciar rumores de boicotes a influenciadores que, de alguma maneira, manifestam o próprio pensamento político.
“É de uma tristeza profunda saber que as marcas estão derrubando campanhas de publicidade com celebridades e influencers que SE POSICIONAM POLITICAMENTE. O que deveria ser uma NECESSIDADE para se contratar. Eu fico indignada”, iniciou a cantora.
“A mynd, empresa que cuida da minha publicidade e de mais de 350 influencers entre eles outros cantores, me informou que anda recebendo mensagens de algumas marcas insinuando e até derrubando parcerias com pessoas que se posicionam politicamente”.
Revoltada, a artista questionou o papel dos influenciadores. “Vocês querem INFLUENCERS que influenciam o quê? Só a comprar seus produtos? Porque eu acredito numa influência real que melhora nossa sociedade e faz o jovem pensar, querem pessoas que só consomem o que vocês quiserem e não saibam falar nada sobre política e sociedade? Que futuro vocês querem para nós?”, questionou.
Com o tamanho da marca pessoal, Luísa é consciente que não é o principal alvo dos boicotes, entretanto, chama a atenção para influenciadores com menor alcance.
“E de verdade, eu não falo isso por mim, pelo meu tamanho eu fecho a publicidade que eu quiser hoje em dia independente de qualquer coisa, eu falo isso pela minha preocupação com o que estamos virando, tenho medo de nos tornarmos uma sociedade que simplesmente não se posiciona”.
“Que não PENSA por si próprio, que não fala e não discute questões VITAIS para nosso futuro e nossa sociedade. Eu não quero viver num país burro com jovens que só podem postar dancinhas, fazer fotos bonitas nas redes sociais e apenas isso ser de acordo com o que as marcas querem”, criticou.
“INFLUENCER virou uma profissão. Isso nem se discute mais. Esses jovens (não só jovens, mas a maioria, pelo menos) de fato tem GRANDE INFLUÊNCIA na VIDA e no PENSAMENTO de milhões de pessoas. Se a gente não puder usar essa força para algo além, de que adianta tanto?”, finalizou.