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Manipulação ou amor? Filmes sobre caso Richthofen podem confundir telespectador

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Manipulação ou amor? Filmes sobre caso Richthofen podem confundir telespectador


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No filme de Suzane, ela é a inocente da história
Reprodução/Amazon Prime Video

No filme de Suzane, ela é a inocente da história

‘A Menina que Matou os Pais’ e ‘O Menino que Matou Meus Pais’  podem ser resumidos por um provérbio. Toda história tem três lados: a de Suzane, a de Daniel e a verdade. Nos dois filmes que serão lançados na sexta-feira (24) no Amazon Prime Video, o relacionamento entre Suzane Von Richthofen e Daniel Cravinhos é contado de forma diferente, por cada um, mas cabe ao telespectador tirar duas conclusões de quem está falando a verdade. 

Enquanto o filme de Daniel, interpretado pelo ator Leonardo Bittencourt, traz a visão de que ele era manipulado por Suzane, no filme do “olhar” da condenada por patricídio e matricídio diz que ela foi levada a planejar o assassinato por conta do amor e do medo de perder Daniel. Baseado na obra de Ilana Casoy, ‘Casos de Família: Arquivos Richthofen’ e nos autos do processo, os filmes relembram os documentários e filmes de true crime que tanto fazem sucesso nas plataformas de streaming. 

Polêmicos, as obras geraram discussões nas redes sociais antes mesmo dos  trailers serem divulgados. Alguns apontaram que os filmes romantizariam o assassinato e tentassem justificar os crimes. Mas ao assistir, as histórias têm o objetivo de trazerem complexidade ao relacionamento de Suzane e Daniel.

“A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais” trazem contextos diferentes. No primeiro mostra que Suzane era uma garota com uma relação conturbada com a família, manipuladora e que articulou a morte dos pais usando Daniel como assassino de aluguel. O segundo filme traz o contexto de uma menina inocente, que apesar da rigidez dos pais, os amava, e Daniel é colocado como um ‘lobo mau’, que levou a menina a assassinar os pais para ascender socialmente. 

A versão de Suzane e a versão de Daniel são dois extremos, mas com o mesmo objetivo: de retirar a culpa e se dizer aliciado pelo parceiro para matar Manfred e Marísia. 

O roteiro é rápido e bruto, contando a história com cortes de tempo. A sensação é que as histórias de Daniel e Suzane têm partes nebulosas, ou esquecidas pelos depoentes, ou omitidas por eles na construção da narrativa. Ao terminar o filme, parece que falta algo para entender a motivação do crime. Assistindo, a pergunta aparece, mesmo sem ter resposta: ‘mas isso é motivo de matar os pais? (ou sogros)’. 

Filmes antagônicos e com versões que pouco conversam entre si, as obras não justificam as mortes, mas mostram que o relacionamento do casal era conturbado. A produção coloca a responsabilidade de interpretar e entender o namoro e a relação em família para os telespectadores. Outra pergunta que aparece na mente e só Daniel e Suzane podem responder é: ‘se o namoro era tão ruim, porque chegar nesse ponto?’. 

Para comprovar que as obras contam uma mesma história, o diretor Maurício Eça coloca a introdução às drogas, traição dos pais de Suzane e assédio sexual  quase na mesma minutagem dos dois filmes. Esses são os únicos elos entre as duas histórias. 

Se quer entender o crime que ‘chocou’ o Brasil, os dois filmes não são um bom ponto de partida. Mesmo com inspiração nos depoimentos e no livro de Ilana, as obras podem ser confusas para quem quer tirar a verdade de duas histórias contadas completamente diferentes. 

Carla Diaz é destaque nas duas obras

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Apesar de ter roteiros que não se complementam e são antagônicos, nos dois filmes Carla Diaz rouba o protagonismo. Seja interpretando uma menina rica e mesquinha, seja ao tentar passar a imagem de inocente.

Carla consegue mostrar uma Suzane agressiva em ‘A Menina que Matou os Pais’ e uma garota inocente em ‘O Menino que Matou Meus pais’. A semelhança física não forte entre ela e Suzane, mas a atriz consegue imprimir feições e gestos da condenada.

A atriz e ex-BBB 21, que fez sucesso como Khadija em ‘O Clone’ e é lembrada pela personagem Carine em ‘A Força do Querer’, entrega um misto de emoções nos dois filmes. O telespectador pode esquecer da Carla Diaz ‘fofa’ do BBB 21. Ela se aproxima da Carine que ‘causava e afrontava’ no filme contado por Daniel Cravinhos, mas no filme contado por Suzane, Carla é subjetiva e não é possível decifrar se a personagem realmente é inocente e apaixonada ou tem um plano macabro por trás do romance. 

Leonardo Bittencourt vai do inocente ao ‘lobo mau’

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Famoso por interpretar Hugo Rabelo em ‘Malhação: Vidas Brasileiras’, Leonardo Bittencourt também tem o mesmo desafio de Carla Diaz, mas entrega um resultado diferente da atriz. No filme em que ele é protagonista, Leonardo mostra um Daniel apaixonado e preocupado, no segundo filme, ele é como o lobo mau das histórias infantis: assusta Suzane, planeja a morte dos pais dela e a leva ao assassinato. 

Leonardo entrega um bom papel, se comparado ao de ‘Malhação’, já que o personagem é um adolescente. Boa parte da história dele com a família fala do estudo, do sonho do aeromodelismo e os conflitos sociais entre o poder aquisitivo dele e de Suzane. Mas as duas histórias conseguem focar o protagonismo a Suzane. No filme direcionado no depoimento dele, Suzane é a agente causadora do crime, mas também é vítima. Daniel é colocado como coadjuvante da obra. 

Fãs estão animados pela obra

Carla Diaz interpretando Suzane Von Richthofen
Reprodução

Carla Diaz interpretando Suzane Von Richthofen

Depois do BBB 21, Carla Diaz ganhou uma base de fãs fiéis que esperam pelo filme aparecer na Amazon Prime Video. Muitos esperam atuações primorosas e até um Oscar para a atriz. O que pode ser dito é que o filme supre as expectativas dos fãs de Carla, os fãs de true crime e os fãs de filmes rápidos de drama e crime. 




Fonte: IG GENTE

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