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Morre, aos 88, Monarco, símbolo da Portela e do samba

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Morre, aos 88, Monarco, símbolo da Portela e do samba


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Morre aos 88 anos, compositor, líder da Velha Guarda da escola
Reprodução/Facebook

Morre aos 88 anos, compositor, líder da Velha Guarda da escola

Baluarte mais antigo da Portela, Monarco morreu neste sábado, 11, aos 88 anos. Desde novembro, o sambista estava internado no Hospital Federal Cardoso Fontes, onde passou por uma cirurgia no intestino e não resistiu às complicações. Integrantes da Portela confirmaram o falecimento ao Globo. Até o momento, não há informações sobre velório e enterro.

“Sua última apresentação em público foi onde mais gostava de cantar, em casa, na quadra da Majestade do Samba!”, escreveu a diretoria da Portela, em nota publicada logo após a morte. “Na ocasião, participou da edição de outubro da Feijoada da Família Portelense ao lado de seus companheiros de estrada e de vida da Velha Guarda Show”.

Referência da escola de Madureira ao lado de nomes da nata do samba, como Paulinho da Viola e Clara Nunes, Hildemar Diniz ficou conhecido por um apelido de infância, que ganhou quando ainda vivia em Nova Iguaçu. Filho do marceneiro e poeta José Felipe Diniz, chegou a ajudar a mãe, separada, nas despesas da casa, vendendo mangas na feira da cidade da Baixada Fluminense.

“Eu perdi um segundo pai e a portela perdeu o maior portelense de todos os tempos, o maior sambista que ela poderia ter”, disse Serginho Procópio, compositor, filho do sambista Osmar do Cavaco e membro da Velha Guarda da Portela.

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Aos 10, o carioca do bairro de Cavalcanti voltou a morar no Rio, desta vez em Oswaldo Cruz, onde passou a frequentar as rodas de samba. Ali conheceu bambas como Paulo da Portela, fundador da Azul e Branco, de quem se tornou discípulo. Na década de 1950, ingressou na Ala de Compositores da escola, levado por Alcides Malandro Histórico, de quem se tornou parceiro. Cavaquinista e percussionista, também foi diretor de harmonia.

Na década de 1960, chegou a trocar a Portela pela Unidos de Jacarezinho (que o homenageou em 2005 com o enredo “Monarco; Voz e memória do samba, um passado de glória”), mas retornou à Portela em 1969. Em 1970, gravou, junto à Velha-Guarda da Portela, o disco “Portela passado de glória”, produzido por Paulinho da Viola.

É autor de alguns de sambas clássicos que exaltam a escola, como “Passado de glória”, um dos “esquentas” obrigatórios da Portela antes de entrar na Avenida. O primeiro disco solo veio em 1976, com temas como “O quitandeiro” (com Paulo da Portela) e “Lenço” (com Francisco Santana). Outros de seus sucessos são “Triste desventura”, “Vai vadiar” e “Coração em desalinho”, essas duas últimas se tornaram grandes sucessos na voz do também portelense Zeca Pagodinho.


Fonte: IG GENTE

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