Paulo Alvarenga fala de best-seller e trabalho com celebs: “Confidencialidade”
Assim como Fernando Rocha, que comandava o programa “Bem Estar”, da Globo, e o ex-nadador Gustavo Borges, Paulo Alvarenga, mais conhecido como P.A., eleito um dos 25 maiores nomes da liderança no Brasil, também é presença de destaque na nova edição do evento CBTD, maior congresso de treinamento e desenvolvimento da América Latina, que teve início nesta segunda-feira (5). A palestra de Alvarenga, queridinho de muitos famosos e autor do best-seller “Atitude que Te Move”, está agendada para o dia do encerramento, sexta-feira (9), das 11h às 11h45.
Em plena divulgação de seu recém-lançado livro “Dance com Seus Medos”, que traz técnicas, métodos e histórias reais de pessoas que aprenderam a conviver com os seus temores e a potencializar os seus resultados, ele conversou com o iG Gente e falou sobre sondagens e convites para migrar para o rádio e a TV, a banalização da atividade de um coach, o trabalho com artistas empreendedores, como a cantora Claudia Leitte e a musa fitness Solange Frazão, além de responder a perguntas, como: “Você continuaria escrevendo, mesmo se não tivesse se tornado best-seller?”. Confira a entrevista!
1. Como você enxerga a importância desse evento para o público que quer participar?
O CBTD, que teve início nesta segunda (5) e vai até sexta (9), é um dos maiores congressos de treinamento e desenvolvimento da América Latina, e neste ano será totalmente digital, sob o tema “O Otimismo como Motor para Recriar o Futuro das Organizações”. Eu serei um dos palestrantes e vou falar sobre “Segurança Psicológica — Criando Organizações Inovadoras e Saudáveis para o Novo Normal”.
2. Como você se sente ajudando as pessoas a valorizarem seus pontos fortes?
Vivemos em um mundo que, desde a pré-escola, somos direcionados a olhar para aquilo que não está indo bem. Logo depois, avançamos e continuamos olhando para os pontos fracos, e mal percebemos as estratégias para aquilo em que somos muito bons. E essa cultura foi levada para o mundo corporativo, em que as avaliações são praticamente direcionadas aos pontos fracos. Então, é hora de mudar isso e mirar só os pontos fortes para criarmos ambientes psicologicamente saudáveis.
3. Além da autoconfiança, um palestrante precisa saber improvisar e lidar com situações inesperadas. Durante alguma de suas apresentações, você já viveu algo inusitado?
Como sempre digo, o improviso é para quem tem muito conteúdo e está preparado, pois improvisamos em cima do que dominamos. A partir daí, vem a criação.
4. O que você mais tem aprendido com seus alunos ou nos congressos que faz Brasil afora?
A troca sempre é muito rica, e todos nós temos os nossos pontos fortes e fracos. No final do dia, o que todos querem é ser reconhecidos em cada fase da vida e de formas diferentes.
5. Em tempos de pandemia de coronavírus, nos quais as pessoas devem sair de casa o mínimo possível, para diminuir seu risco de contágio e transmissão da Covid-19, a sessão on-line tem o mesmo resultado da presencial?
Nos últimos seis meses, fiz mais do que em um ano de trabalho presencial. Busquei mentores em outros países para me posicionar e aprendi formas de levar essa experiência para o on-line. É impressionante o nível de conexão que as pessoas atingem. Há uma frase que ficou marcada para mim em uma formação de inteligência emocional que lancei recentemente: “É virtual, mas é real”.
6. No mundo inteiro, várias celebridades buscam o coaching para potencializar talentos e habilidades. Além de Claudia Leitte e Solange Frazão, que já participaram de suas palestras, há algum artista com o qual você faça um trabalho mais direcionado?
O meu foco são empresários, empreendedores, líderes e executivos, mas, nessa jornada de desenvolvimento, assessoro vários CEOs de grandes organizações, e, em certos momentos, surgem algumas figuras públicas e alguns artistas, que também lidam com o empreendedorismo, como é o caso de Claudia Leitte e Solange Frazão. Já assessorei outros, mas prefiro manter confidencialidade.
7. Uma vez ouvi de outro profissional: “Qualquer um se intitula coach de alguma coisa, e aí a gente tem um grande problema”. A banalização da atividade já respingou em você?
Pois é, infelizmente, como em qualquer outra área, chegou até nós. Como já trabalho com desenvolvimento organizacional, cultura, liderança, performance e gestão emocional há quase vinte anos, o coaching é apenas uma ferramenta de outras dezenas de formas que utilizo, mas o que mais conta nesse momento é a experiência. Tenho mais de 10 certificações como coach, mas não me intitulo coach, pois faço muitas outras coisas. Por isso, até hoje, o meu valor no mercado só aumentou, e tenho a possibilidade de escolher com quem trabalhar.
8. Você já teve convite para migrar para o rádio ou a TV? Já pensou nisso? Aliás, quais são os projetos que o mobilizam atualmente?
Já tive algumas sondagens e possibilidades, mas nada efetivo. Atualmente, a minha nova empresa, MasterSoul, consome quase todo o meu tempo. Sem contar que estou em projetos de levar o desenvolvimento organizacional nos aspectos liderança, desempenho e gestão de ambientes tóxicos, com foco em inteligência emocional, para o mundo corporativo, empresários, profissionais liberais e líderes de maneira geral. Quero formar milhares de pessoas, multiplicando tudo o que aprendi nesses últimos vinte anos.
9. Você continuaria escrevendo, mesmo se não tivesse se tornado best-seller?
Com certeza, pois um dia recebi uma série de feedbacks positivos de que meu primeiro livro fez uma pessoa conquistar promoção onde trabalhava, de que uma segunda conseguiu abrir a própria empresa e de que uma terceira teria desistido de tirar a própria vida. Não dá para pensar apenas em best-seller. Descobri que posso acessar muito mais pessoas de formas bem diferentes.
10. Como classificaria seus livros se fosse um crítico?
Um manual, mas um manual com profundidade, comprovação científica e práticas simples, que funcionam. Há relatos de profissionais que o aplicaram em suas vidas e deram muito resultado.