Rennan da Penha fala de prisão e diz: “Sou bandido por apertar a mão de um?”
Rennan da Penha, DJ preso em 2019 por acusação de associação com tráfico de drogas, se defendeu da acusação e deu a própria versão dos fatos. Ele contou a Lucas Selfie no programa ‘Lavando a Roupa’ que perdeu diversas oportunidades de negócios por conta da prisão, que segundo ele, foi errada.
“Eu parei um ano e um mês da minha vida com essas duas prisões incompetentes. Não tenho de volta esse tempo, sabe?”, contou. Rennan também disse que foi preso na época que iria estrear internacionalmente.
Ele também fez uma comparação da situação dele, em que foi visto falando com um traficante e com Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro preso por corrupção.”Deixo a mesma opinião: ‘Se eu sou bandido por apertar a mão do bandido da favela, que só tem aquela vida ali, que pode ser preso a qualquer momento, quem apertou a mão do Sérgio Cabral também é bandido irmão’. Ninguém fala isso, foi aonde as pessoas que comentavam a favor de mim, pegaram a ideia”, disse.
Rennan disse que não podia evitar a situação, já que estava em um baile na região dominada pelo tráfico. “Eu tenho 27 anos, perdi amigo pro crime, diretamente e indiretamente e não mudou, só a minha escolha. Tô na comunidade, fazendo baile, o estado não mudou a situação lá, a culpa é minha? Eu conheço a pessoa, não vou negar, não posso mudar a opinião, mas e se desse ruim? Se eu não fosse o Rennan da Penha e não tivesse conquistado nada? Eu seria ainda o mesmo, morando ali. Não tem lógica me atacar por ter apertado a mão de um bandido da comunidade”, contou.
O DJ também reconheceu a mobilização feita pela liberdade dele. “Quando eu estava preso, a pessoa que me visitava na época me contou da mobilização e pô, fiquei sem palavras, porque realmente viram que eu não tinha nada a ver com aquilo do que estão me acusando”, disse.
“Hoje em dia todo mundo tem opinião e eu fiquei um mês foragido, minha ficha não caiu, não queria me entregar, estava acompanhando os comentários e quem não era da comunidade tinha uma opinião mais fechada sobre mim, mas as pessoas que abriram a mente pensaram: ‘como seria se eu não apertasse a mão do bandido?'”, comentou.
Rennan disse que pensa como deve ser para o Estado ver o sucesso dos bailes. “Como deve ser ver gente de todo o país ver o baile de favela cheio e eles não ganhando nada? O Estado não faz nada para impedir aquilo, então por que não legalizar o baile? Quem arca com o baile são os barraqueiros que colocam bebida para beber. Seria emprego para todo mundo, giraria a economia do país”, disse.