Rodrigo Carelli dá detalhes de “A Ilha” e descarta semelhanças com o “No Limite”
É hoje. Se algum reality show da Record já começou pegando fogo como ‘A Ilha’, me avisa que esta humilde colunista não lembrava. São muitos trelelês, bafos e brigas que prometem fazer da atração um caldeirão. Diretor do núcleo de realities da emissora, Rodrigo Carelli confessa que o elenco foi escolhido a dedo para criar polêmicas e já sabia que poderia acontecer uma repercussão prévia, mas não imaginava tanto. “O engajamento em torno do projeto foi maior do que imaginávamos”, diz.
Carelli elogia a apresentadora Sabrina Sato, revela que 280 profissionais participaram das gravações feitas em Paraty e cruza os dedos para ter a segunda temporada da produção. Ao ser perguntado se algum participante o surpreendeu, o diretor foi cuidadoso: “Difícil falar de um só. Todos se destacaram de alguma maneira e deixaram suas digitais na temporada”.
Primeira vez realizando um reality desse tipo. Qual foi o maior desafio da produção? Estar em uma locação aberta e distante é sempre mais desafiador. Toda a equipe de 280 profissionais morando em um hotel ainda seguindo rigorosamente os protocolos de COVID. Tudo isso gravando os participantes 24 horas por dia e montando provas e desafios grandes e complexos ao ar livre. Um desafio e tanto.
O Ilha Record tem alguma coisa parecida com o No Limite? A não ser o fato de ser feito em contato com natureza, os formatos são muito diferentes. No confinamento entre eles, privilegiamos a convivência e as estratégias de jogo entre eles e não o “perrengue”. Temos uma dinâmica que tem, como objetivo, dois grupos (que mudam a cada semana) competirem por pedaços de mapa que darão o direito aos finalistas de procurar o tesouro da ilha e concorrer a 500 mil reais. E um dos grandes diferenciais é que os eliminados de cada ciclo não vão embora, eles só mudam de ambiente e ficam no exílio, de onde eles assistem tudo e podem influenciar no jogo. Além disso, os 13 competem pelo prêmio do público na final (250 mil).
Podemos dizer que vocês acertaram no elenco? Imaginavam que o confinamento fosse tomar rumos com tanta polêmica? A gente buscou pessoas de personalidade forte e alguns que já tinham experiência em realities. Sabíamos que tínhamos um elenco capaz de render grandes momentos.
Os barracos com certeza marcaram a edição. Podemos dizer que Nadja Pessoa é a barraqueira master do programa? Houve conflitos entre todos os participantes. Com certeza a Nadja trouxe o jeito único dela de se posicionar pra esse programa.
Em que você acha que o programa mais vai surpreender o público? Pela dinâmica e pelo quanto eles se envolveram 100% nas estratégias e no jogo em si. Uma competitividade aflorada como raramente se vê em reality.
Imaginava essa repercussão toda antes mesmo da estreia? Sabíamos que haveria uma repercussão prévia, mas realmente o engajamento em torno do projeto foi maior do que imaginávamos.
Você viu?
Traição e beijo gay serão um problema para uma emissora evangélica? Houve alguma discussão interna em relação à isso? Num reality, mostramos tudo que é relevante para o jogo e para a compreensão da convivência entre os participantes.
Você precisou interferir alguma vez ou cobrar da apresentadora uma posição mais firme diante de tanta confusão? A Sabrina se envolveu muito no projeto, estudou muito a dinâmica do programa e colaborou com um posicionamento super adequado e firme para cada tipo de situação. O público vai ver uma Sabrina com várias facetas e muito versátil na apresentação.
Por que a Record resolveu apostar só em mulheres apresentando os realities? Foi uma coincidência. Mas uma coincidência muito bem-vinda. Acho que essas duas apresentadoras (Adriane e Sabrina) deram o seu melhor nos projetos e imprimiram cada uma a sua personalidade, sabendo conduzir os realities, sendo pessoas que adoram esse gênero de programa.
Acredita que o Ilha Record seja uma fórmula de sucesso? Terá nova edição no ano que vem? Há planos pra isso? Esperamos que seja sucesso. Tem muitos elementos pra isso. Em dando certo, deveremos ter sim uma segunda temporada.
Pyong chegou a pedir a vocês pra não exibirem as cenas com Antonella? Não.
Vocês falam em um formato inédito. Como foi isso? Como foi pensado e quanto tempo levou todo esse processo? A ideia original é do nosso vice-presidente artístico Marcelo Silva e foi desenvolvida pela nossa equipe de realities. É um formato inédito no mundo e de autoria da Record TV.
Vocês pensam em vender esse reality ou produzir fora do país? Há estudos para isto sim.
Quem te surpreendeu em ‘A Ilha’? Difícil falar de um só. Todos se destacaram de alguma maneira e deixaram suas digitais na temporada.