Marcelo Cabo avalia empate com a Ponte Preta no Moisés Lucarelli
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Marcelo Cabo avalia empate com a Ponte Preta no Moisés Lucarelli
Jogando fora de casa, pelo Campeonato Brasileiro, o Vasco da Gama saiu na frente da Ponte Preta, com gol de Germán Cano, mas não conseguiu segurar a vantagem e acabou empatando em 1 a 1 no último domingo (06/06), em jogo válido pela segunda da competição. Logo após o duelo ocorrido no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, o treinador Marcelo Cabo concedeu entrevista coletiva e avaliou o desempenho do Gigante da Colina.
– Começamos muito bem dentro do que treinamos. Marcação alta, sem deixar a Ponte Preta avançar muito, mas não conseguimos transformar a superioridade em gols. A partir dos 20, a Ponte avançou a pressão, não conseguimos sair dessa marcação e tivemos muita dificuldade. Fizemos trocas no intervalo, repaginamos a equipe, subimos de produção, fizemos 1 a 0, mas precisávamos sustentar mais o placar. A Ponte empatou logo, seguimos bem, mas a tomada de decisão não foi a melhor – afirmou o técnico vascaíno.
Ao ser questionado sobre o que precisa ser melhorado para os próximos jogos, Marcelo Cabo declarou que um dos pontos é a postura do time. Na avaliação do treinador, o Cruzmaltino precisa melhorar sua tomada de decisão e se impor como um dos clubes mais tradicionais do futebol nacional.
– No jogo passado, entramos 38 vezes no terço final, hoje foram 40 vezes, mas a tomada de decisão está ruim. Precisamos ser mais Vasco da Gama, nos impor. Levamos um ponto para casa e temos que ter maturidade para trabalhar a equipe e agora virar a chave para Copa do Brasil – disse o comandante do Gigante da Colina.
Foto: Rafael Ribeiro/Vasco.com.br
Mudanças no meio-campo
“Perdemos o Marquinhos Gabriel por lesão e houve a troca do Rômulo pelo Matias. O Rômulo para mim fez uma grande partida novamente. Precisávamos ter uma característica nova. No final, precisávamos mais da transição e coloquei o Matias, que entrou bem. Ele não vinha em uma sequência boa, precisava de uma repaginada, mas entrou bem. Ganhamos opções. Tivemos a estreia do Michel, que fez uma ótima partida. Fiquei muito feliz pelo que a equipe produziu no segundo tempo”.
Esquema 4-2-3-1
“Temos um esquema bem definido com algumas variações. No segundo tempo, acabamos criando um 4-3-3 empurrando mais a linha e tivemos uma evolução”.
Michel de lateral
“Eu entendi no primeiro tempo que a Ponte fazia muito a diagonal e o Michel tem uma construção de jogo muito boa. Demos sustentabilidade à linha com a entrada dele e é um cara que me deu essa construção. O Léo já tinha cartão amarelo e o jogo estava sendo forçado por ali. O Michel me deu uma saída muito boa. Ele é um volante de ofício, mas posso utilizá-lo de zagueiro, de volante, na segunda linha, de lateral. Em 2016, ele jogou nove partidas comigo nesta posição”.
Lentidão na saída de bola
“Entendo que nos primeiros 15 minutos construímos bastante, tivemos transição, o Andrey fez a ultrapassagem com aproximação ao Morato, tivemos passes entrelinhas e criamos. Depois dos 15, realmente, houve problema, ficamos muito espaçados. No segundo tempo, conseguimos nos organizar. O Andrey teve muita chegada pela direita, finalizou, cruzou, chegou… Não acredito que tivemos volume pequeno de jogo se chegamos 40 vezes no terço final do campo. Criamos, precisamos ter um pouco mais de capricho. O problema não é a bola chegar nos homens de frente, o problema é o acabamento”.
Mudanças contra o Boavista
“Preciso analisar o jogo mais uma ou duas vezes para tomar a decisão. Pode ser que aconteça algum tipo de mudança para que a equipe evolua no que pecou. Mas se eu falar que vai sair jogador x ou y, neste momento, seria precipitado. Vamos analisar pós e contras do jogo para tomar as decisões necessárias. O Marquinhos Gabriel eu preciso sentar e conversar para saber se ele já suporta os 90 minutos, o mesmo vale para o Michel, que não atuava há mais de um ano, o Rômulo vem numa sequência… Preciso sentar e analisar para ter a melhor equipe e mais competitiva”.
Formação do meio de campo
“A entrada de um jogador como o Matias pode ser uma opção, vamos analisar todo contexto. Marquinhos Gabriel deu tudo que esperávamos para esse jogo. Se eu puder usar o Marquinhos desde o início, é claro que vou usar, mas temos a opção do Sarrafiore. Vou analisar com calma. Gostei da entrada do Léo Jabá, o Michel, apesar do pouco tempo, entrou muito bem, o Matias também. Vamos criando alternativas para que o Vasco volte a performar e ter a força de Vasco da Gama”.
Há um time definido?
“Temos um time base e trabalhamos em cima de performance. Se um atleta não estiver performando o que preciso para determinada função, tenho que trocar. Vamos buscar o melhor para o Vasco performar e ter os resultados. Não tivemos o final de Carioca como pretendíamos e nem início de Brasileiro, mas temos 36 rodadas pela frente. Se analisarmos uma competição de pontos corridos, levar um ponto de Campinas não é ruim. O problema é que perdemos em casa e isso pesa. Vamos trabalhar para recuperar fora de casa isso. A chegada do Michel, a evolução do Marquinhos, do Rômulo, a volta do Castan, tudo isso vai me dar mais opções”.