Trump e Biden buscam votos em estados considerados campos de batalha
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai buscar apoio em quatro estados considerados campos de batalha nesta segunda-feira (2), enquanto o rival democrata Joe Biden se concentrará na Pensilvânia e em Ohio durante o último dia de campanha na corrida para a Casa Branca. A eleição será amanhã (3).
O republicano Trump está atrás de Biden nas pesquisas de opinião na véspera da eleição. Mas a disputa é vista como acirrada em estados decisivos o bastante para que Trump ainda possa reunir os 270 votos necessários para prevalecer no colégio eleitoral estadual que determina quem sairá vencedor.
Trump, que não quer ser o primeiro presidente em exercício a perder a reeleição desde o colega republicano George H. W. Bush, em 1992, realizará comícios nesta segunda-feira na Carolina do Norte, Pensilvânia, Wisconsin e dois em Michigan.
Ele venceu nesses estados em 2016 contra a democrata Hillary Clinton, mas as pesquisas mostram que Biden está ameaçando recapturar os votos para os democratas.
Trump encerrará sua campanha em Grand Rapids, Michigan, mesmo lugar em que concluiu sua corrida presidencial de 2016 com um comício após a meia-noite no dia da eleição.
Esperanças
Biden, a companheira de chapa Kamala Harris e seus cônjuges passarão a maior parte desta segunda-feira na Pensilvânia, dividindo-se para atingir os quatro cantos de um estado que se tornou vital para as esperanças do ex-vice-presidente.
Biden vai reunir membros de sindicatos e eleitores afro-americanos numa área de Pittsburgh antes de se juntar a um comício noturno em Pittsburgh com apresentação da cantora Lady Gaga.
Ele também fará um desvio para a fronteira com Ohio, passando um tempo em seu último dia de campanha em um estado que já foi considerado fechado com Trump. Agora, pesquisas mostram uma disputa acirrada.
O ex-presidente Barack Obama, de quem Biden foi vice-presidente por oito anos, fará um comício para conseguir votos em Atlanta, Geórgia, nesta segunda-feira, antes de encerrar a campanha à noite com um comício em Miami.
Biden encerrou a campanha na ofensiva, viajando quase exclusivamente para estados onde Trump venceu em 2016 e criticando a resposta do presidente à pandemia de coronavírus, que dominou os estágios finais da corrida.
Pandemia
Biden acusa Trump de desistir de lutar contra a pandemia, que matou mais de 230 mil americanos e custou milhões de empregos. As pesquisas mostram que os norte-americanos confiam mais em Biden do que em Trump para combater o vírus.
Trump, por sua vez, tem prometido um renascimento econômico e entrega iminente de uma vacina para combater o surto de covid-19.
O médico Anthony Fauci, principal especialista em doenças infecciosas dos EUA, disse que as primeiras doses de uma vacina eficaz contra o coronavírus provavelmente estarão disponíveis para alguns norte-americanos do grupo de alto risco no fim de dezembro ou início de janeiro.
Trump, que muitas vezes discordou publicamente de Fauci, sugeriu hoje que poderia demiti-lo como diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas após a eleição.