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40 anos de Beyoncé, a diva que brilhou enaltecendo mulheres e pessoas pretas

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40 anos de Beyoncé, a diva que brilhou enaltecendo mulheres e pessoas pretas


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Beyonce completa 40 anos
Reprodução/Instagram

Beyonce completa 40 anos




Considerada uma das maiores cantoras do pop na história atual, Beyoncé completa 40 anos neste sábado (4). Batendo recorde com 28 Grammys e cerca de 120 milhões de discos vendidos, a diva pop frequenta listas que vão de pessoas mais influentes da cultura pop até das cantoras mais ricas do mundo. 

Beyoncé – que é chamada pelos fãs de Queen B  (Abelha Rainha) é considerada uma referência para mulheres em todo o mundo, especialmente para a comunidade negra, que tem sido homenageada pela cantora em seus últimos trabalhos. Veja logo abaixo em que ela não foi um ícone apenas musical, mas de representatividade feminina e negra. 

1. Independent Woman Destinys Child 

 Destiny's Child
Divulgação/Imdb

Destiny’s Child


Tudo começou no grupo Destinys Child. Desde lá, ela já protagonizava representatividade feminina. Um exemplo disso, é a música Independent Woman, que fala da importância da mulher ser livre, ter seu dinheiro e ser independente.

Destinys Child foi formado em 1997 em Houston, Texas. As integrantes começaram sua carreira musical em 1990, pertencendo a um grupo musical intitulando Girl’s Tyme, que incluía em sua formação Beyoncé, Kelly, LaTavia Roberson e LeToya Luckett, entre outras

Atualmente muitas mulheres buscam serem independentes como uma forma de liberdade e empoderamento. Desde Destinys Child, a diva ja representava.

2. Primeira mulher a colocar a palavra feminista ao vivo MTV

Feminist Beyonce
denise.dki

Feminist Beyonce


Em 2014, durante o prêmio da MTV,  a diva estava se apresentando no final da cerimônia anual de premiação, quando de repente as palavras da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie aparecem no palco. O discurso enunciado é do programa TEDx Talk: “Todos Nós Devemos Ser Feministas”— que Beyoncé trouxe em sua música de 2013, “Flawless”. No telão de fundo a palavra “Feminist” (feminista) ganhava destaque. 

O posicionamento da cantora foi muito importante para que a palavra feminista perdesse um pouco do estigma que carregava – de se tratar de um movimento datado e que só atrairia mulheres descontentes com a própria vida. Ver Beyoncé belíssima, bem sucedida e feliz em sua vida pessoal se declarar feminista ao vivo em um evento transmitido mundialmente foi decisivo para que muitas jovens mulheres se interessassem pelo tema e passassem a se declarar feministas com orgulho. 


 3. Ensaio de gestante com elementos estéticos africanos no lançamento do Black is King

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Beyoncé
Reprodução/Instagram

Beyoncé


Na abertura do filme musical, a cantora traz uma narração, dizendo “Negro é sinônimo de glória”. É essa a mensagem que Beyoncé traz para “Black is King”, um filme musical, contrariando a imagem negativa e pejorativa de pessoas negras que foi transmitida por décadas.

Quando Queen B anunciou sua gravidez dos seus gêmeos, ela divulgou um album de ensaio de gestante completamente inspirado em ensaios tradicionais africanos. Figuras femininas importantes, como Vênus, a deusa romana do amor; a rainha egípcia Nefertiti e a entidade africana Osun, parecem ter serviram de inspiração para o ensaio.  

Considerando que as religiões de matriz africanas pelo mundo, bem como todos os simbolismos africanos são menosprezados, tal episódio encheu os olhos d’agua de muitos fãs africanos e negros diaspóricos.

4. Uma Banda toda formada por mulheres e as bailarinas com todas as tonalidades de preto


Representatividade é ralmente algo muito importante para Beyoncé! Tanto é que sua banda e suas bailarinas são formadas majoritariamente por mulheres. Isso é uma pauta extrema importância para a comunidade negra que é invisibilizada nos espaços midiáticos e artistítico. 

5. Linha de roupas inspiradas na rainha Nefertiti

Look afrocentrado de Beyonce em apresentação
Reprodução/Instagram

Look afrocentrado de Beyonce em apresentação


Quem acompanha a cantora sabe que ela costuma se inspirar esteticamente em figuras femininas da cultura africana e afrodescendente em seus looks. Uma de suas grandes inspirações na história é a rainha Nefertiti, do Egito Antigo. 

A diva também lançou uma nova coleção de roupas para os fãs vendida em sua loja virtual. Batizada de Nefertiti, as blusas, camisas e moletons contam com estampas da popstar dando vida a famosa rainha do Egito antigo, responsável pela revolução religiosa com o marido, o faraó Amenófis IV.

Nas fotos da campanha, Beyoncé encarna a rainha com cliques inspirados na imagem de seu busto, que está no Museu Neues, em Berlim. A estética e a moda africana mega valorizada e reinventada pela cantora.

6. Primeira mulher negra a protagonizar o Festival Coachella


Isso mesmo. Beyoncé foi a primeira mulher negra a protagonizar o festival Coachella, em 2018. Na ocasião, a apresentação reuniu as Destiny’s Child e Jay-Z, com direito ao tributo à diva Nina Simone.

Como uma tradicional mulher negra empoderada, Beyoncé nunca teve medo de dar suas opiniões políticas em apresentações e no Coachella não foi diferente. A cantora incluiu um trecho do trecho de um discurso de Malcolm X, um dos líderes nas décadas de 1960 e 1970 que reivindicava direitos civis para a população negra, durante a música Don’t Hurt Yourself.

Toda a comunidade negra que assistiu o show se sentiu representado com a performace artística e política .

7. Formation em Lemonade


Em dezembro de 2016, Beyoncé lançou um videoclipe da música “Formation”, faixa do álbum “LEMONADE”.  Este álbum marca sua fase mais radical na questão racial.

Lemonade simboliza uma receita para passar na pele para deixar mais clara. O clipe “Formation” foi gravado em Nova Orleans, nos Estados Unidos, cidade que carrega uma importante tradição negra, desde a época da escravidão.

Além disso, na letra da música, a cantora chega a falar “gosto do cabelo do meu bebê, com baby hair afro”. É uma referência aos ataques racistas pelo cabelo black da filha Blue Ivy, em 2014.

Nele existem frases de Malcolm X, alusões à cultura iorubá da África Oriental (de cujo grupo étnico descendem muitos afro-americanos) e à magia negra. A parte audiovisual é uma reivindicação das mulheres negras e aparece um grande número de mulheres afro-americanas do show business, como as atrizes Amandla Stenberg, Quevzanhne Wallis, Zendaya e a modelo Winnie Harlow, a primeira mulher negra com vitiligo a fazer campanhas de moda.

 8. Pretty Hurts

Pretty Hurts
Reprodução/Instagram

Pretty Hurts


Pretty Hurts ( A beleza dói) é o nome da música de sua autoria que critica a indústria da beleza e os padrões estéticos. No clipe da música, Beyoncé é uma candidata ao concurso para ser titulada miss. O vídeo mostra como é o processo para a concorrente é extremo, a levando a tomar remédios, ter distúrbios alimentares e viver uma vida claramente angustiante, em busca do ideal para ser eleita.

Por ser uma realidade de muitas mulheres que não cumprem um padrão de beleza da indústria e que sofrem cotidianamente com isso, esta música virou um verdadeiro hino de representatividade feminina. 

9. If were a boy 

Beyoncé
Reprodução/Instagram

Beyoncé


A música If were a boy (Se eu fosse um homem) não pode ser esquecida quando o assunto é representatividade feminina. Esta música de Beyoncé aborda como a sociedade enxerga o comportamento masculino e os consideram aceitáveis, mesmo quando estes estão fora dos padrões de ética e moral. No caso, quando é ao contrário, quando é uma mulher, a sociedade trata de forma dura e julgadora. 

O clipe foi considerado um hino feminista ao abordar desigualdades de gênero. Nele, Queen B aparece vestida de homem e de policial.

Fonte: IG Mulher

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