9 mulheres que fizeram história nas Olimpíadas
Os jogos olímpicos nasceram na Grécia, por volta de 700 a.C, para homenagear os deuses gregos. O campeonato sempre foi dominado por homens e as mulheres só começaram a competir em 1900, na segunda edição dos jogos modernos. Em uma lenta caminhada, elas ganharam mais espaço na competição e 2012 foi o ano em que as mulheres foram presentes em todas as modalidades pela primeira vez.
Desde 1920, o Brasil já podia inscrever atletas brasileiras para competir, mas ainda não tinha delegação feminina. Foi só em 1932 que a jovem Maria Lenk, lenda da natação feminina, estreou as mulheres do país nos jogos olímpicos.
A Olimpíada de Tóquio começa nesta sexta-feira, 23, e já promete ser única! Com um ambiente bem tecnológico, atletas entrando para a história e sendo também a despedida de craques como Formiga , a edição tem tudo para ser um grande sucesso. Confira 9 mulheres que fizeram história nas Olimpíadas.
Charlotte Cooper
A tenista britânica foi pioneira nos jogos olímpicos. Isso porque ela foi a primeira mulher a levar uma medalha de ouro para casa, na edição de 1900, a mesma em que as mulheres competiram pela primeira vez.
Sendo parte das 22 mulheres presentes em meio a mais de 900 homens daquela edição, aos 30 anos ela ganhou duas medalhas nas categorias simples e duplas mistas. Em 1908 ela realizou outro feito fora das Olimpíadas: se tornou a mulher mais velha a vencer o torneio de Wimbledon, aos 37 anos. Cooper jogou nas quadras até os 50 anos de idade e morreu em 1966.
Larisa Latynina
A ucraniana é ex-ginasta soviética e hoje, com 86 anos, ainda está em primeiro lugar no pódio de mulheres com mais medalhas olímpicas. Entre 1956 e 1964 ela conquistou 18 medalhas, sendo 9 de ouro.
Em uma comparação geral entre os atletas que já participaram dos jogos olímpicos, na categoria de maiores medalhistas a ucraniana perde apenas para Michael Phelps, nadador que conta com 28 medalhas. A atleta se aposentou em 1966.
Melânia Luz
Fazendo história nas Olimpíadas de 1948, Melânia Luz foi a primeira mulher negra brasileira a competir nos jogos. A velocista era especialista nos 200 metros rasos. Luz não chegou a ganhar medalha nas Olimpíadas, mas foi medalhista de ouro no Campeonato Sul-Americano de Atletismo.
Ela morreu em 2016, aos 88 anos. Em 2020, a atleta recebeu o título de Emérita da Confederação Brasileira de Atletismo.
Laurel Hubbard
Os jogos olímpicos de 2020 também entraram para a história com a primeira atleta trans! Laurel Hubbard é neozelandeza, halterofilista e vai competir no levantamento de peso acima de 87 kg.
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A atleta tem 43 anos e fez a transição de gênero em 2013, aos 35. A participação de Hubbard acendeu muitos debates na competição e ela recebeu algumas críticas por parte de outros atletas conservadores.
A dupla Sandra Pires e Jaqueline Silva
A dupla brasileira estreou a modalidade do vôlei de praia com outro, literalmente. O esporte foi incluso nas Olimpíadas em 1996, mesmo ano em que as voleibolistas conseguiram o primeiro lugar no pódio. Elas também foram os nomes que estrearam as brasileiras nas medalhas de ouro, antes disso, o máximo conquistado pelo país nos jogos foi o quarto lugar.
Sandra Pires é carioca e foi reconhecida pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) como a melhor atleta do mundo na modalidade dos anos 90. Jaqueline Silva, também do Rio de Janeiro e atualmente é treinadora.
Liselott Linsenhoff
A alemã Liselott Linsenhoff foi a primeira mulher medalhista de ouro no adestramento no hipismo. Ela também fez outro feito histórico: foi a primeira mulher a ganhar em uma disputa com homens nos jogos olímpicos.
A campeã morreu aos 71 anos, em 1999. No total, a atleta conquistou cinco medalhas olímpicas, sendo duas de ouro, duas de prata e uma de bronze.
Alice Coachman
A estadunidense Alice Coachman foi a primeira mulher negra na história das Olimpíadas a ganhar um ouro, em 1948. A atleta era especialista em salto em altura e desde criança já treinava improvisando cordas e panos para os saltos.
A artista foi homenageada nos Estados Unidos, mas na época, a segregação racial ainda era forte no país. Na cerimônica, pessoas brancas e negras sentaram de lados distintos. Ela morreu aos 90 anos, em 2014.
Enriqueta Basilio
A mexicana Enriqueta Basilio era atleta e nas Olimpíadas de 1968, foi a última pessoa a carregar a tocha olímpica, sendo a primeira mulher a acender a pira dos jogos. Basilio competia na pista e era especialista na corrida de 80 metros com barreira. Na época, a atleta tinha apenas 20 anos. Ela morreu em 2019, aos 71.