Comidas para bebê: aprenda como compor um prato rico com receitas fáceis
Agora que seu filho está crescendo e a fase de amamentação foi superada é hora de começar uma nova rotina. Após um longo período se alimentando exclusivamente de leite, inserir no dia a dia comidas para bebê é essencial. “Começar a comer alimentos sólidos é um marco na vida da criança. Conhecer novas consistências e sabores”, diz a nutricionista Andressa Perez , especialista e mestranda em ciências da pediatria pela Universidade Federal de São Paulo.
Em média, a partir da metade do primeiro ano de vida, o bebê já apresenta sinais que está pronto para receber o alimento e a família deve ser paciente e cuidadosa nesse momento de tantas novidades. O preparo da refeição ou papinha , como culturalmente conhecemos, deve ser composto por alimentos naturais sem a adição de sal ou temperos industrializados.
A nutricionista nos explica que o termo “papa” é uma referência à consistência da comida e não à sopa que conhecemos, feita pelas gerações passadas. “Essa mistura de ingredientes impede a apresentação do sabor real de cada alimento e acarreta em prejuízos na formação do paladar e no treino da mastigação do bebê”.
De acordo com o recente “Guia Alimentar Para Crianças Menores de 2 Anos”, o alimento deve ser oferecido na sua forma natural, amassado com o garfo, raspado ou em pedaços pequenos (formato de tiras).
As comidas para bebê devem ser compostas pelos cinco grupos de alimentos
Cereais e tubérculos : Batata, Mandioquinha, Cará, Inhame, Arroz, Milho (espiga), Macarrão**, Mandioca, Batata doce, Quinoa;
Leguminosas : Feijão, Ervilha, Lentilha, Grão-de-bico;
Legumes : Cenoura, Chuchu, Abóbora, Abobrinha, Beterraba, Tomate*, Vagem, Berinjela, Jiló, Quiabo;
Verduras : Espinafre, Couve, Brócolis, Acelga, Alface, Escarola, Agrião, Repolho, Couve-flor;
Proteína animal : Carne bovina, Frango, Peixe, Carne suína, Ovo inteiro.
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As recomendações da nutricionista é que nesse período os alimentos sejam oferecidos separadamente, não sendo necessário o uso de liquidificador, peneira ou centrifuga. Ela reforça que o bebê precisa conhecer a textura e o sabor original do alimento e a indicação é do uso de temperos naturais como alho , cebola, salsa e manjericão. “O sal deve ficar longe da refeição do bebê nesse período”, complementa.
O preparo das comidas para bebê devem ser em local higienizado e o armazenamento em utensílios tampados, na geladeira ou no freezer. Uma boa ideia é investir em legumes feitos no vapor ou assados, e a verdura, cozida e bem picadinha. A proteína vegetal e animal pode ser oferecida desde a 1° refeição da criança, porém mais desfiada e úmida. A consistência deve ser evoluída gradativamente para que a criança seja capaz de comer a comida da família com um ano de idade.
O bebê será o guia da quantidade a ser consumida devido a sua auto regulação de fome e saciedade, por isso o cuidador precisa estar atento e observar o comportamento da criança a mesa. “Não adianta servir a refeição quando o bebê está com sono ou quando quer mamar. O ideal é que esteja num ambiente tranquilo e seguro, com palavras de incentivo e carinho”, reforça a nutricionista
Algumas sugestões de combinações para a refeição do bebê
- Frango, mandioquinha, chuchu, espinafre e lentilha
- Arroz integral, feijão, abobrinha, ovo e couve
- Arroz, beterraba, peixe e grão-de-bico
- Quinoa, ervilha, abóbora e fígado
- Macarrão, carne bovina, brócolis, tomate e ervilha
- Frango, feijão, berinjela, inhame e escarola
- Mandioquinha, cenoura, ervilha, ovo, acelga
- Arroz, feijão, abóbora, carne bovina e alface
- Batata-doce, beterraba, peixe, grão de bico e escarola
- Mandioca, abobrinha, carne bovina, feijão preto e couve
- Batata, cenoura, ervilha, fígado e repolho
- Cará, quiabo, lentilha, frango, acelga
Texto: Vítor Ferreira | Edição: Mariana Oliveira