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Conheça seis mitos e verdades sobre o câncer de mama

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Conheça seis mitos e verdades sobre o câncer de mama


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Em tempos de disseminação de notícias falsas, é importante lembrar que nem tudo o que ouvimos ou lemos sobre saúde tem comprovação científica. Por isso, encerrando a nossa série de reportagens sobre o Outubro Rosa , entrevistamos a rádio-oncologista Pauline Souto, do Hospital DF Star, para esclarecer alguns mitos e verdades sobre o câncer de mama .

dra pauline souto
Arquivo pessoal

A rádio oncologista Pauline Souto esclarece mitos e verdades sobre a doença


1. É verdade que nódulos que não doem ou se movimentam são benignos?

Mito. “A maioria dos nódulos malignos são indolores nos estágios iniciais, podem inclusive não ser palpáveis. Em até 10% dos cânceres de mama podem não ser identificáveis pela mamografia. Quanto à mobilidade, os tumores podem ou não ser móveis. É possível ainda que se formem nódulos maiores, formando massas dolorosas, com acometimento de pele, axilas, dor local, inchaço e aspecto em casca de laranja. Eles costumam indicar estágios mais avançados da doença”, explica.

2. Mulheres que não têm filhos tem mais propensão a ter câncer de mama?

Verdade. “A ideia aqui é o tempo de exposição da glândula mamária à ação dos estrogênios endógenos (próprios do organismo). Assim como as mulheres que não têm filhos, as que optam por tê-los mais velhas, as que menstruaram mais cedo e as que chegam à menopausa mais tardiamente também possuem risco um pouco mais elevado de desenvolver a doença”, diz a médica.

3. O uso de anticoncepcionais hormonais aumenta o risco de desenvolver a doença?

Verdade. “Desta vez são os estrogênios exógenos (ingeridos na forma de anticoncepcionais e também na terapia de reposição hormonal) que estimulam as células das glândulas mamárias e o risco de desenvolvimento da doença é proporcional aos anos de uso destes medicamentos”.  


4. Prótese de silicone pode esconder o câncer de mama?
Verdade. “A prótese pode atrapalhar os resultados do exame caso não seja bem executado. A primeira atitude a se tomar é sempre informar ao seu médico e ao técnico que fará o seu exame que você possui próteses. Dessa maneira o exame será feito com menos pressão sobre a mesma e com manobras de posicionamento que facilitem a visualização do tecido mamário”, esclarece.

A médica diz que em casos de diagnósticos duvidosos, há também a possibilidade de complementação diagnóstica com a adição da ultrassonografia das mamas ou ressonância magnética das mamas, conforme indicado para cada caso.

5. O câncer de mama em mulheres jovens é raro?

Verdade. Pauline explique que embora o câncer de mama seja considerado relativamente raro em mulheres jovens ainda é um dos principais cânceres que atingem mulheres entre 25-39 anos. 

6. Apenas mulheres mais velhas correm risco de desenvolver a doença?

Mito. No Brasil, a média de idade do diagnóstico é de 56 anos (segundo o Instituto Nacional do Câncer, dados de 2019). Contudo, isso não quer dizer que a doença não possa afetar mulheres mais jovens. “Mesmo sendo mais raro, pode acontecer sobretudo naquelas com histórico familiar (parentes de primeiro grau com câncer de mama), com mutações predisponentes conhecidas como BRCA1 e BRCA2, irradiação da parede torácica na infância ou adolescência ou ainda pode ocorrer associado à gestação”, afirma.

Fonte: IG Mulher

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