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DIU: entenda como funciona o método anticoncepcional

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DIU: entenda como funciona o método anticoncepcional


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Alto Astral

DIU: entenda como funciona o método anticoncepcional
Reprodução: Alto Astral

DIU: entenda como funciona o método anticoncepcional

Há algumas semanas, a ex-BBB Hana Khalil comentou em suas redes sociais que colocou o dispositivo intrauterino, popularmente conhecido como DIU, para tratar a endometriose . A influenciadora revelou que investiu nesse método contraceptivo para aliviar os sintomas da doença, que incluem fortes cólicas , ciclos menstruais desregulados e uma tensão pré-menstrual ( TPM ) intensa.

Segundo a apresentadora, o modelo mais indicado pelo médico foi o Kyleena Hormonal, uma vez que a endometriose precisa ser tratada através de hormônio . “Como não me adaptei ao anticoncepcional, quando usei três anos atrás, preferi botar o Kyleena”, disse.

Porém, não foi só Khalil que aderiu ao DIU. A cantora Marília Mendonça , por sua vez, usou as redes para relatar sobre seu problema com a acne, que surgiu desde que começou a utilizar o DIU Hormonal.

A sertaneja contou em seu Instagram: “Seca uma e nascem oito. Não paro de ter espinha. Eu uso DIU por motivos de fluxo, e [a acne ] não para. Minha pele, mesmo cuidando direitinho, fazendo tudo certinho, todos os protocolos, não para. Ah, e cuidando da alimentação também, e bebendo muita água, porque eu bebo água o dia inteiro”, explica.

Dessa forma, através dos relatos das celebridades , é possível perceber que esse método anticoncepcional tem diversos prós e contras. Como milhares de mulheres passam pelas mesmas situações que as famosas ao optar pelo DIU, é muito importante entender seus impactos no organismo e sua atuação no tratamento de doenças, como a endometriose.

Com isso, primeiramente, é necessário assimilar o que é de fato o DIU. Segundo a ginecologista e obstetra Evelyn Prete, o DIU é um método anticoncepcional que tem sua aplicação invasiva, sendo colocado no útero . “É considerado um procedimento e pode ser feito no próprio consultório médico, sem anestesia, ou em um ambiente hospitalar, com sedação. Tudo depende da escolha da paciente e da sua tolerância à dor. Ele tem como função a anticoncepção”, explica.

Trata a endometriose?

De acordo com César Paezo, ginecologista e obstetra, o DIU atua no alívio dos sinais da endometriose. “É um distúrbio em que o tecido que normalmente reveste o útero cresce fora do órgão. Na endometriose, o tecido pode estar presente nos ovários, nas tubas uterinas, na bexiga , no intestino e em outros órgãos. O DIU, pequeno objeto de plástico em formato de T que funciona como contraceptivo, é eficaz no tratamento dessa condição”, aponta.

O profissional afirma que o modelo hormonal de levonorgestrel, mais conhecido como Mirena, libera pequenas quantidades de progesterona no útero, o que causa a regressão do tecido endometrial e gera um efeito significativo na diminuição dos sintomas de portadoras da doença ou mesmo o desenvolvimento da endometriose.

E a acne?

Prete afirma que é possível sofrer de acne com o DIU Mirena. “Esse tipo de DIU é feito com o hormônio progesterona, e ele é muito ruim para a pele e o cabelo das mulheres. O progesterona deixa a pele um pouco mais oleosa, causando a tendência de obter acnes”, afirma.

Ela também alerta que para as que já possuem essa tendência, podem sofrer um pouco mais nesse quesito, mas não é uma regra. “Há mulheres que colocam, se adaptam nos primeiros meses e, depois, ficam com a pele normal”, clarifica.

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Benefícios do DIU

Segundo a ginecologista, o DIU é um dos métodos contraceptivos com maior eficácia, possui uma taxa de falha muito pequena em relação, por exemplo, à pílula anticoncepcional , ao preservativo e ao anel vaginal. “Além disso, ele tem a opção de ser um método não hormonal, como no caso do DIU de cobre, que não vai nenhum tipo de hormônio”, ela alerta.

Porém, ainda temos a opção com hormônio, o DIU Mirena, para aquelas pacientes que desejam um melhor controle sobre a menstruação e ainda uma eficácia maior em relação à proteção contra gravidez.

Além disso, o DIU Mirena diminui a incidência de câncer de endométrio, mas isso é algo discutível, porque de acordo com a obstetra, não é algo que seja a sua função primordial. “A questão não é se ele previne doenças, mas, sim, o fato de que ele não causa nenhuma, não tem relação com trombose ou outros efeitos cardiovasculares que o anticoncepcional combinado tem”, esclarece.

No entanto, de maneira geral, não é possível prevenir doenças com eles. E também não previnem infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Portanto, lembre-se: a função primordial deles é a contracepção.

Malefícios

Segundo a profissional, os malefícios vão de acordo com cada tipo de DIU. Os tipos de DIU não hormonal, como o de cobre, causam uma inflamação um pouco mais acentuada da camada interna do útero, fazendo com que as mulheres tenham mais cólicas e um fluxo menstrual aumentado. “Inclusive, para minimizar alguns desses efeitos colaterais, foi criado também o DIU de cobre com prata, sendo uma alternativa para mulheres que já menstruam bastante e já sofrem de cólica, mas, mesmo assim, querem usar um método não hormonal”, explica.

Os malefícios dele são cólicas discretas e aumento do fluxo menstrual. Ele não serve para controle de TPM e também não reduz o ciclo.

O Mirena também não vai servir para controle de TPM, até porque não inibe a ovulação em todas as mulheres. “Mesmo as que venham a ficar amenorreias podem ter os chamados “escapes menstruais”, que são pequenos sangramentos irregulares, que podem durar dias ou mais de uma semana”, alerta.

Dessa forma, não vai haver um controle de 100% do fluxo menstrual, porque vai ficar imprevisível quando ela ira menstruar ou não. Além disso, Evelyn Prete explica que não é um bom método para tratamento de efeitos colaterais, como melhora de pele e cabelo .

Fontes: Evelyn Prete, ginecologista e obstetra, formada em Medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, com residência em Ginecologia e Obstetrícia pela Maternidade Jesus; César Patez, ginecologista obstetra especialista em laparoscopia, histeroscopia, endometriose e cirurgia íntima feminina.

Fonte: IG Mulher

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