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Grupo de mulheres do Quirguistão projeta 1º satélite da história do país

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Grupo de mulheres do Quirguistão projeta 1º satélite da história do país


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mulheres mexendo em pequeno satélite
Kloop media/Kyrgyz Space Program

Mulheres querem lançar o primeiro satélite do país após independência da União Soviética

Um programa especial de jovens mulheres entre 18 e 25 anos estão projetando o primeiro satélite da história do Quirguistão após a independência da União Soviética. Além das inovações científicas, o grupo quer se tornar inspiração e  referência para outras mulheres no país.

De acordo com a diretora do programa, Kyzzhibek Batyrkanova, as mulheres estão aprendendo a fazer ciência por meio de livros, Google, tutoriais do YouTube e com especialistas do exterior. Elas trabalham em um tipo de satélite pequeno e em formato cúbico, chamado CubeSat, que é usado para receber informações sobre os arredores da órbita terrestre.

Um dos obstáculos que as garotas enfrentam atualmente é o baixo orçamento, de US$ 1.200. O dinheiro é recebido por meio de vaquinhas e doações de ONGs e não conta com ajuda governamental. Até o lançamento, que deve acontecer neste ano, elas precisam de US$ 250 mil.

“Queremos, um dia, levar o projeto a uma universidade, para que ele possa ser mantido e expandido sem precisar de novas vaquinhas. Que se torne mais sustentável e continue inspirando as mulheres daqui”, afirmou Aidana Aidarbekova, uma das integrantes do programa, para o Uol.

Mesmo assim, elas querem mostrar para as mulheres do país que elas podem ser mais do que apenas donas de casa. Segundo Aidarbekova, a cultura do país asiático é baseada em estereótipos de gênero. Além disso, ONGs locais apontam que 13% das meninas do Quirguistão se casam antes dos 18 anos e 12 mil são sequestradas todos os anos para se casar com o próprio autor do sequestro.

“As meninas que participam do projeto são, agora, todas feministas. A nossa iniciativa impacta a auto-estima das garotas e até as jovens de fora do programa espacial reimaginam seus papéis na sociedade”, diz Batyrkanova ao portal.

Fonte: IG Mulher

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