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Lace wig: o que você precisa para começar a usar as queridinhas das famosas

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Lace wig: o que você precisa para começar a usar as queridinhas das famosas


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Camilla de Lucas, Beyoncé e Ludmilla estão sempre usando
Divulgação

Camilla de Lucas, Beyoncé e Ludmilla estão sempre usando


O que têm em comum Camilla de Lucas, Ludmilla e Beyoncé? Além de serem mulheres pretas maravilhosas , elas usam e abusam das lace wigs . As luxuosas perucas possuem aspecto supernatural e cada dia que passa conquistam mais adeptas, como Anitta , Pabllo Vittar e Bruna Marquezine . Recentemente até Ana Maria Braga aderiu à tendência e apresentou o “Mais Você” usando laces coloridas

As lace wig são opções seguras para quem quer mudar o visual, mas tem receio de cortar ou mudar a  cor dos cabelos . Em tempos de pandemia, em que a ida ao cabeleireiro nem sempre é uma opção, elas também ajudam a impedir quem está prestes a arruinar o cabelo cortando ou pintando em casa.

Essa era a minha situação quando comecei a pesquisar sobre as laces e decidi que precisava de uma na minha vida. Veja a seguir como foi esse processo até realizar o sonho da lace própria e como é a experiência de usá-la. 





Força na peruca

No final de 2019, pouco tempo antes da pandemia chegar, eu decidi ousar e fiz um corte pixie , raspado na nuca e nas laterais. Lindo, mas impossível de manter em casa. Como sair para cortar o cabelo estava fora de questão, o jeito foi ir aparando aos poucos para tentar minimizar o estrago. Infelizmente não deu muito certo. Aí veio o BBB21 e a participação da Camilla de Lucas . Foi como um sinal divino: preciso de uma lace para deixar meu cabelo natural em paz.

Mas que tipo de lace? Onde comprar? Que tipo de material devo buscar? Será que esquenta muito? Vou conseguir colocar sozinha? A primeira coisa que eu descobri foi que apesar que comprar pela internet não era tarefa tão fácil.

Encontrei alguns sites e perfis nos Instagram de laces, wigs e apliques, mas sempre desanimava ao conferir a reputação desses locais. Muita gente dizendo que demorou meses para receber, que nem sempre o material era de qualidade e, em alguns casos, a pessoa pagou e não recebeu.

Decidi perguntar em um grupo de amigas e acabei chegando na Wig Beans . Como eu não sabia nada, pedi que a proprietária da loja, Fabiana Borges, respondesse algumas perguntas para fazer um guia para iniciantes. 


Lace não é tudo igual

Nas lojas especializadas as perucas/próteses comuns são chamadas de wigs. A diferença básica de uma wig para uma lace é o acabamento com tela/renda que imita o couro cabeludo (principalmente na região frontal), que dá um visual mais natural. Se bem colocada, dificilmente alguém conseguirá perceber que se trata de uma prótese.

Fabiana explica que existem basicamente dois tipos: a front lace e a full lace. A primeira possui a telinha/renda na parte frontal que imita o couro cabeludo). Na full lace a telinha/renda por toda área da cabeça, de modo que em qualquer lugar da cabeça que o cabelo for dividido terá ao fundo a telinha/renda imitando o couro cabeludo). 

A front lace pode ser encontrada tanto produzida com cabelo humano quanto com fibra sintética (que se assemelha muito ao aspecto do cabelo natural e podem ser modeladas com baby liss e chapinha). Já a full lace costuma ser confeccionada só com cabelo humano. A full lace sintética (mais acessível) nas lojas especializadas pode ser encontrada com o nome de whole lace.  

Apesar de existirem muitos tutoriais de como colar sua lace (como  no canal da Camilla de Lucas ) essa é uma técnica opcional. “Uso de cola na lace não é obrigatório, a maioria das usuárias fixa somente ajustando as alças de regulagem e pentes internos da prótese. Basicamente é só encaixar na cabeça e sair divando”, diz Fabiana. 

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Realizando o sonho da lace própria

Eu optei por uma front lace sintética longa cacheada, já que achei mais seguro que gastar um rim numa full lace sem nunca ter usado. O resultado foi essa Shakira afro-indígenas que vocês podem ver abaixo (sim, eu fiquei me sentindo). 

Antes e depois da lace
Arquivo pessoal

Antes e depois da lace


O mais difícil, para mim, foi cortar a telinha que vem frente da lace. É preciso corta-la rente o suficiente para ela sumir misturada ao cabelo que nasce pertinho da testa (o chamado baby hair ), mas é preciso ter cuidado para não cortar demais e destruir a peruca antes do primeiro uso. Assisti a vários tutoriais e fui. Deu certo. Primeiro passo, ok.

Na maioria dos tutoriais eu vi as mulheres usando uma touquinha, como essas abaixo, antes de vestir a lace. Foi o que fiz, mas não gostei muito. Achei que esquenta demais. Além disso, senti que não fixou muito bem, ficava escorregando. Tirei a touquinha, coloquei uma faixa e deu tudo certo. Com as alças e os pentes regulados, foi só ajustar a lace na cabeça e arrumar o baby hair. 

Todos esses assessórios para usar com a lace – touquinha, faixa ou cola – podem ser adquiridos nas lojas especializadas. 

Autoestima sem contraindicações

“A maioria das usuárias de laces optam por esse método pelo resultado final que o produto entrega, que impacta diretamente a autoestima. É crescente a migração de usuárias de métodos diferentes como mega hair para o uso de lace, justamente por não necessitar de manutenções em salão como demanda métodos como o mega”, diz Fabiana.

A empresária explica que não existe nenhuma contraindicação para o uso das laces. Por serem uma para visual digno de “comercial de shampoo”, de forma rápida e prática sem precisar sair de casa, pode ser usado por mulheres grávidas ou pacientes em tratamento oncológico.

As lace também podem ser aliadas para quem está passando pela transição capilar, a fase na qual a pessoa decide voltar a ter o cabelo 100% livre de química (como alisamentos e relaxamentos). “Até que o cabelo natural atinja um tamanho que atenda às expectativas da pessoa, ela usa a lace. Enquanto vai cuidando do cabelo natural (eliminando a química e deixando crescer) vai utilizando a lace no dia a dia”. 

Como escolher minha primeira lace?

A empresária conta que a maioria das usuárias de lace optam pelas laces sintéticas, que possuem uma enorme variedade de cores e estilo, com um valor no mínimo duas vezes menor que uma lace de cabelo humano.


“Em se tratando de laces sintéticas, a principal recomendação é optar pela de fibra futura ou orgânicas que são as mais similares a cabelo humano no visual e toque, de modo que suportam uso de chapinha e babyliss”, diz.

Outro ponto importante é optar por um modelo/cor que não seja tão diferente do que já tem costume de usar.  Isso diminuirá a chance de não se adaptar e se estranhar ao se ver no espelho.

No meu caso, embora a lace seja bem comprida (70 cm), ela tem a cor e a textura bem semelhante ao meu cabelo natural. Mesmo assim, confesso que demorei um pouquinho para me acostumar com o visual, mesmo me achando lindíssima.

Fabiana diz que as laces fáceis de cuidar são as laces lisas e onduladas, por isso são as melhores opções para uso diário. Apesar da praticidade, a empresária revela que a preferência é pelos modelos mais exuberantes.

“Embora as lisas e onduladas sejam as mais práticas para uso diário, as mais vendidas aqui são as cacheadas bem bafônicas”, conta. E acrescenta: “Geralmente quem entra para o mundo das laces como usuária dificilmente sai do método. É um caminho sem volta, diante das vantagens”.

As front laces custam a partir de R$ 200 e as full lace, estão na faixa de R$ 500, dependendo do tamanho do produto. Aquelas front de cabelo humano custam a partir de R$ 500 e podem chegar a R$ 5 mil, dependendo do comprimento e do modelo.

Fonte: IG Mulher

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