Leite pode ser aliado no combate à osteoporose; saiba mais
Hoje (20), comemora-se o Dia Mundial da Osteoporose, doença que atinge cerca de 10 milhões de pessoas apenas no Brasil, conforme dados da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso). A entidade aponta ainda que apenas 20% dos acometidos sabem que têm a doença.
Para o público feminino, a incidência é maior: estima-se que 1 em cada 3 mulheres com mais de 50 anos apresentam a doença, segundo estudos do Hospital Israelita Albert Einstein. Embora a fase da pós-menopausa e terceira idade sejam as mais propensas, algumas pacientes podem ter osteoporose já por volta dos 40 anos ou até antes.
“A osteoporose é uma doença crônica esquelética caracterizada por baixa massa óssea e arquitetura óssea interrompida que aumenta a fragilidade e o risco de fratura. Esta perda muitas vezes passa despercebida, pois é um processo contínuo, lento e assintomático”, explica a nutricionista Adriana Stavro, especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT).
Segundo Adriana, a alimentação exerce um papel importante na construção e manutenção dos ossos, contribuindo para eles ficarem fortes e saudáveis por toda a vida. Assim, investir em alimentos ricos em cálcio, como o leite, e na vitamina D — presente em alguns peixes e também na exposição solar — pode ser uma alternativa de prevenção contra a doença. Veja o que incluir no cardápio:
- Cálcio: produtos lácteos (leite, iogurte, queijo, etc), ovos, amêndoas, aveia, grão-de-bico, aveia, espinafre e sardinha.
- Vitamina D: peixes gordurosos (salmão, arenque e cavala, por exemplo), fígado e ovos.
- Frutas: acerola, caju, kiwi, laranja, limão, manga, melão, morango, papaia e tomate.
- Legumes e vegetais: couve, espinafre, brócolis, cenoura, cebola e beterraba.
- Sementes e grãos: amêndoa, amendoim, castanha-do-pará, milho, semente de girassol, cereais integrais, feijões e lentilhas.
- Proteínas: frango, carne, peixe, ovos, tofu, soja.
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Agravantes
A especialista destaca alguns fatores que podem contribuir para o surgimento da osteoporose, como tabagismo, consumo excessivo de álcool e o peso corporal. Ou seja, manter um estilo de vida saudável é fundamental para a prevenção da condição.
Atividades físicas
“Ingerir proteínas e realizar atividades físicas adequadas são os principais estímulos, uma vez que o treinamento físico leva ao aumento da massa e força muscular, e a combinação de ambos produz maior aumento de proteína”, salienta a nutricionista.
No entanto, ainda que as práticas esportivas sejam benéficas, elas devem ser sempre acompanhadas e indicadas por um médico. “Pessoas com diagnóstico de osteoporose precisam ter cuidado com exercícios de alto impacto e certos alongamentos”, alerta Adriana.
Fonte: Adriana Stavro, nutricionista pós-graduada em nutrição funcional e especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) pelo Hospital Israelita Albert Einstein.