Loja é condenada por vincular bônus à perda de peso de vendedora
Uma loja de bijuterias na cidade de Muriaé, interior de Minas Gerais, foi condenada a pagar R$ 50 mil de indenização a uma funcionária. O estabelecimento foi processado por vincular um bônus no salário da vendedora à perda de peso dela.
Segundo uma reportagem da Record, a mulher trabalhou durante um ano e meio na loja e recebia um salário mínimo. Porém, ela teria direito a um bônus de R$ 200 ao final do mês caso perdesse uma determinada quantidade de peso. A meta de emagrecimento era estabelecida mensalmente e a funcionária recebia bilhetes do patrão falando sobre a bonificação, que foram anexados ao processo.
“Estou de olho, este mês não vi diferença”, diz um dos bilhetes do empregador. Na mesma mensagem, o dono da loja ameaça pedir de volta o bônus de R$ 200 caso a funcionária não tenha alcançado as metas de emagrecimento dos meses de julho e agosto de 2019. Em sua defesa, a loja argumentou que a bonificação era para arcar com os custos de academia e alimentos saudáveis.
No processo, a ex-funcionária relata que chegou a provocar vômitos e passar fome para conseguir perder peso. A 1ª Vara do Trabalho de Muriaé considerou que a mulher foi vítima de “violência psicológica extrema”. A loja foi condenada a pagar R$ 50 mil de indenização, 13º salário proporcional, horas extras e outros direitos trabalhistas.