Mãe de Isabella Nardoni troca mensagens de apoio com pai de Henry Borel
O caso do menino Henry Borel comoveu o Brasil. A suspeita é que o garoto de 4 anos foi assassinado pelo padrasto, o vereador Dr. Jairinho , com anuência da mãe, Monique Medeiros. Essa tragédia tocou particularmente Ana Carolina Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni, que foi assassinada pelo pai e pela madrasta em março de 2008.
Em entrevista à revista Piauí, Ana Carolina contou que mandou mensagens de apoio a Leniel Borel, pai de Henry. “A morte brutal, os desdobramentos das investigações e a comoção causada na população são muito parecidos e doloridos”, diz a mãe de Isabella.
Ana Carolina fala que percebeu a grande semelhança entre os casos quando assistiu à entrevista que Jairinho e Monique deram ao jornalista Roberto Cabrini. “Senti frieza, uma emoção falsa e versão combinada dos fatos. Naquele momento, pensei o pior mesmo e vi semelhanças com o ocorrido com a minha filha, Isabella. Por mais que as pessoas ensaiem, criando uma versão falsa para o crime, a verdade não consegue ser escondida nem por elas mesmas”, fala.
A mãe da menina diz que sentiu mandou a mensagem para Leniel na última sexta-feira (9). Ela conta que se colocou no lugar dele e diz que, assim como aconteceu com ela, Leniel deve estar recebendo muitas mensagens de apoio neste momento. Ana Carolina defende que essa comoção deve ter um propósito, que é incentivar a busca por Justiça.
“Sabe o que é mais dolorido? Eu e Leniel entregamos os nossos filhos para quem deveria cuidar e zelar. Entregar um filho para nunca mais voltar é o que mais machuca, revolta. Não consigo explicar o tamanho dessa dor. No caso da Isabella o pai foi o culpado. No do Henry, a mãe está presa como suspeita de participar da morte do próprio filho. Justo a mãe, que deu vida à criança. Eu sou da seguinte opinião: as dores não são comparáveis. Mas elas são enormes, imensuráveis”, diz.
Ana Carolina fala que Leniel agradeceu por ela ter entrado em contato com ele. “Ele me disse: ‘Você não sabe como suas palavras são importantes neste momento. Está sendo muito difícil. Não paro de pensar no meu filho. Além do meu filho, eles levaram a minha paz'”, conta.