Search
Close this search box.

Manifestação na Câmara de SP vai contra PL que defende abstinência sexual

Compartilhe

Manifestação na Câmara de SP vai contra PL que defende abstinência sexual


source
PL que permite equiparar abstinência sexual a outros métodos de contracepção é votado hoje; Câmara de São Paulo recebe manifestação
Divulgação

PL que permite equiparar abstinência sexual a outros métodos de contracepção é votado hoje; Câmara de São Paulo recebe manifestação



Na tarde desta quinta-feira (17), a Câmara Municipal de São Paulo vota o PL nº813/2019, que permite que adolescentes sejam aconselhados a aderir à abstinência sexual como método de contracepção . Movimentos sociais e coletivos feministas não apoiadores do projeto se reuniram em frente à Câmara para se manifestar contra o projeto.


Além dos manifestantes, também estavam presentes no ato as vereadoras Luana Alves (PSOL) e Erika Hilton (PSOL), autora do projeto que deve criar a Semana Maria da Penha, também votado hoje pela Câmara .


Você viu?

De acordo com Simony dos Anjos, que faz parte do coletivo Evangélicas pela Igualdade de Gênero, o projeto de lei é invasivo para as mulheres e é ineficaz. “Mesmo nas Igrejas onde a abstinência sexual é o tempo inteiro reiterada, é enorme a quantidade de adolescentes que engravidam sem planejar. O que precisamos é levar a essas jovens mais informação para que elas possam aprender a se proteger e a se relacionar de modo seguro”, afirma.

Lira Ali, que é professora da rede municipal de São Paulo e parte do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), afirma que o papel da escola precisa ser o de garantir acesso ao conhecimento para formar sujeitos autônomos que possam tomar decisões.

De acordo Alves, que se opõe ao projeto, a proposta indica um retrocesso para os direitos das mulheres e para os programas de educação sexual de crianças e adolescentes. “Apesar de não revogar os programas de distribuição de contraceptivos, ele autoriza o método e, se aprovado, a Prefeitura o coloca no mesmo nível de igualdade desses programas, o que pode influenciar a postura clínica de profissionais”, explicou a vereadora ao iG Delas.

O que propõe o Projeto de Lei

Se aprovado, o projeto vai para sanção do prefeito e deve criar o programa Escolhi Esperar, que vai equiparar a abstinência sexual a outras formas de contracepção. A prefeitura de São Paulo já emitiu parecer favorável ao programa.

O objetivo é conscientizar sobre a gravidez precoce e tentar frear o número de casos. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), o país tem 400 mil casos de gravidez precoce ao ano.

O autor do projeto, Rinaldi Digilio (PSL), afirma que o projeto não diminuirá o acesso a outros métodos contraceptivos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas serão incluídas palestras individuais para alertar sobre os riscos da vida sexual ativa na adolescência.

Fonte: IG Mulher

Mais Notícias em Mulher

Curta O Rolo Notícias nas redes sociais:
Compartilhe!

PUBLICIDADE