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Projeto Descomplica- uma forma descontraída de tratar sobre etiqueta

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Projeto Descomplica- uma forma descontraída de tratar sobre etiqueta


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Precisamos sempre trazer à memória que quando tratamos de uma comida que têm cultura sobressalente, não podemos encaixar em padrões de uma etnia diferente, assim dificultando o consumo e desrespeitando suas tradições. Adaptações culturais e regionais eu realmente façam sentido para a forma de servir e manusear aquele alimento é de extrema importância.


Isso na abre porta para desorganização e má utilização dos utensílios à mesa e a ordem servem para todas as culturas e costumes. Mas cada alimento que tem raízes culturais precisa ser respeitado dentro de sua história.

O objetivo do projeto Descomplica é trazer a beleza da nossa cultura culinária com toda sua riqueza histórica e assim submeter a etiqueta para o que realmente faz sentido para o nosso povo. 

Uma iguaria que é muito consumida no nosso país, principalmente na região nordeste, é o cuscuz. Trata-se de um prato típico africano que teve origem em Magherb, no Norte da África, sendo produzido com sêmola de cereais (que podia ser polvilho, milho, trigo, farinha ou mandioca). É um dos pratos mais requisitados entre os mouros e faz parte da cultura deste povo.

cuscuz
Reprodução

O cuscuz pode ser servido com diversos acompanhamentos leite, queijo, ovos, carne seca


Foi trazido ao Brasil durante a colonização dos portugueses do século XV. Nessa época, a produção da farinha de milho era feita de forma artesanal, ou seja, quando o milho poderia ser moído.

Muitas vezes, era um prato vendido em tabuleiros pelas mulheres negras ou mercadores, além de outros quitutes. Depois, passou a ser feito industrialmente e distribuído para todo o país.

O cuscuz pode ser produzido com farinha de mandioca, ou arroz, ou aipim, mas o milho é um dos principais elementos utilizados na preparação do cuscuz brasileiro.

cuscuz
Reprodução

Formas de apresentação do cuscuz variam a depender da região do país


O cuscuz era uma comida destinada aos pobres, escravos e também bandeirantes que consumiam junto com carne seca batida no pilão. 

Chegado ao Brasil, por Pernambuco, o cuscuz é feito em cuscuzeira e tem a consistência mais esfarelada, como seu ” irmão” africano, mantendo-se fiel ás suas raízes. Feito com fubá e milho temperado com sal, cozido no vapor, leva leite de coco para umedecer, com ou sem açúcar. Essa receita de cuscuz é o café da manhã de muitos nordestinos, além de ser também comercializado em restaurantes.

O cuscuz paulista é o tipo de cuscuz feito com farinha de milho ou de mandioca e pode ser recheado com palmito, pimentão, tomate, camarão, peixe e milho. Uma verdadeira mistura de comida africana com comida portuguesa, faz parte do almoço, jantar ou ocasiões especiais.

O cuscuz pode ser servido com diversos acompanhamentos: leite, queijo, carne seca (charque), ovos, dentre outros. A depender do tipo de acompanhamento escolhido podemos eleger o a peça ideal para servir. Por exemplo, no café da manhã quando o cuscuz é servido com leite, o bowl (cumbuca ou tigela) é uma boa opção, lembrando de usar um prato de sobremesa para apoiar. É possível servir também em prato fundo que é apoiado com um prato raso.

Se a idéia é servir com carne seca ou ovos, normalmente, o prato raso é indicado, pois garante mais espaço e conforto na hora de comer.

Fonte: IG Mulher

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