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Saiba quais são os efeitos colaterais da pílula anticoncepcional no corpo

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Saiba quais são os efeitos colaterais da pílula anticoncepcional no corpo


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Saiba quais são os efeitos colaterais da pílula anticoncepcional no corpo
Reprodução: Alto Astral

Saiba quais são os efeitos colaterais da pílula anticoncepcional no corpo

Quando falamos de métodos contraceptivos, com certeza a pílula anticoncepcional é o mais popular entre as mulheres . Aprovado para o uso em 1960, o medicamento é considerado até hoje como um símbolo da emancipação feminina, visto que permitiu às mulheres terem relações sexuais sem o medo de engravidar.

Para além de todos os benefícios que a pílula trouxe para a história da sexualidade feminina, por outro lado, ela também pode representar perigos para a saúde das mulheres que fazem seu uso contínuo. Assim, é essencial estar atenta aos prós e contras do medicamento e sempre fazer acompanhamento médico regrado.

Segundo Eloisa Pinho, ginecologista e obstetra da Clínica GRU, em termos de evitar uma gravidez, a pílula tem 98% de eficácia e é um remédio à base de hormônios de uso diário, sendo capaz de inibir a ovulação e reduzir significativamente a chance de fecundação. “E não para por aí, pois o medicamento ainda oferece vantagens como regulação da menstruação, combate à acne, diminuição das cólicas e redução do risco de anemia causado pelas perdas de sangue durante o período menstrual”, explica.

Simone David, ginecologista do Hospital Santa Catarina, afirma que para adolescentes cujo ciclo é irregular, a pílula pode ser positiva, uma vez que ajuda a criar essa regularidade. “O método também pode promover uma melhora na pele com a diminuição das espinhas e da oleosidade”, informa.

Malefícios do medicamento

Porém, nem tudo são flores . Em contrapartida, o uso contínuo da pílula anticoncepcional também é acompanhado pelo surgimento de diversos efeitos colaterais e reações adversas. Por exemplo, nas primeiras semanas de utilização da pílula é comum que a mulher sinta fortes dores de cabeça, náuseas e dores abdominais devido às drásticas alterações hormonais causadas pelo medicamento.

Pinho explica que outro efeito corriqueiro, principalmente no início, são sangramentos pela vagina fora do período menstrual , que ocorrem devido ao aumento da fragilidade do útero provocado pelo remédio. “O problema é especialmente comum em mulheres que ainda não se adaptaram ao uso correto da pílula e acabam esquecendo de ingeri-la diariamente”, destaca a especialista.

Algumas mulheres ainda podem apresentar ganho de peso, redução do desejo sexual e retenção de líquidos. “A acne também pode ser outro efeito colateral, já que, apesar de ser utilizado no tratamento da condição, o medicamento pode exacerbar a produção de oleosidade pela pele de algumas mulheres, criando um ambiente ideal para o surgimento de cravos e espinhas”, explicita Pinho.

Em termos de efeitos mais graves, a pílula também apresenta alguns riscos à saúde já que aumenta, por exemplo, as chances de trombose. “Além da pílula bloquear a ovulação, causando o efeito anticoncepcional, essas formulações também promovem o aumento da coagulação sanguínea. Isso pode levar a formação de coágulos nos vasos, condição que conhecemos como trombose “, relata David.

As pílulas com altas doses de estrogênio também possuem chances maiores de provocar hipertensão arterial, principalmente em mulheres que fumam, que possuem mais de 35 anos ou já sofrem de hipertensão .

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Como se não bastasse, o medicamento pode também mascarar a presença de doenças sérias, como a endometriose. “A endometriose ocorre quando as células do endométrio, mucosa que reveste a parede do útero responsável pela implantação do embrião fecundado, não são devidamente expelidas durante a menstruação e se espalham no aparelho reprodutivo e até mesmo para regiões como intestino e bexiga ”, explica Eloisa Pinho.

Porém, um dos principais componentes no tratamento da condição é justamente a pílula anticoncepcional, que é utilizada para o controle e alívio dos sintomas de endometriose. Logo, mulheres que usam a pílula anticoncepcional podem não saber que sofrem com a doença, já que o medicamento diminuirá os sintomas. Dessa forma, a doença pode evoluir para um quadro grave sem que a mulher perceba, causando até mesmo a infertilidade .

Alternativas da pílula anticoncepcional

Na maior parte das vezes, os efeitos colaterais surgem de maneira leve e suportável, e tendem a desaparecer com o tempo. No entanto, caso essas reações progridam de maneira severa, passando a atrapalhar sua rotina e tarefas corriqueiras, é necessário a consulta ao ginecologista para verificar a possibilidade de substituição do método contraceptivo.

Segundo Simone, quando uma paciente pede indicação de um método anticoncepcional, deve-se, em primeiro lugar, avaliar diversos fatores que envolvem os riscos de utilização de determinados métodos, como a presença de doenças ou complicações (indicações ou contraindicações). “É preciso levar em conta também se a paciente tem planos futuros para a gravidez , visando avaliar se a utilização será feita a longo ou curto prazo. Com base nestes critérios de avaliação, o método mais adequado é selecionado”, destaca a ginecologista.

Sobre os métodos de barreira, o mais popular é o preservativo, tanto interno quanto o externo, já que, além de oferecer uma proteção contra a gravidez, é o único método contraceptivo que protege contra infecções sexualmente transmissíveis, devendo então sempre ser combinado ao uso dos outros tipos de anticoncepcionais.

Todavia, existe também uma série de outros métodos disponíveis para a mulher escolher. “Além dos métodos anticoncepcionais orais, temos também adesivos, anéis vaginais (métodos hormonais), implantes hormonais e os DIUs (feitos de cobre ou cobre com prata – também existem DIUs que contém hormônio). Por não dependerem da absorção do trato gastrointestinal, estes métodos possuem eficácia maior do que as pílulas”, informa David.

No final das contas, o mais importante é lembrar que todos os métodos contraceptivos possuem vantagens e desvantagens. Por isso, é fundamental que, antes de optar por qualquer um deles, você consulte um médico.

Consultoria: Eloisa Pinho, ginecologista e obstetra, pós-graduada em ultrassonografia ginecológica e obstétrica pela CETRUS; Simone David, ginecologista do Hospital Santa Catarina.

Fonte: IG Mulher

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