Vampire Facial: conheça o procedimento que usa sangue para rejuvenescer a pele
Se você fica constantemente nas redes sociais acompanhando o dia a dia das famosas, provavelmente você já se deparou com a imagem de uma celebridade ou influencer com o rosto coberto por um líquido vermelho. Pois pasmem: é sangue. O procedimento, que já está no mercado estético há algum tempo, é popularmente conhecido como Vampire Facial .
Tendência em países como os Estados Unidos e Coreia do Sul, a técnica de rejuvenescimento facial ganhou atenção com uma foto de Kim Kardashian em 2013, na qual ela usa uma máscara facial de sangue.
Além das gringas, as brasileiras não ficaram de fora e também aderiram ao Vampire Facial. Em 2016, Luciana Gimenez, que estava passando férias em Nova York, Estados Unidos, usou as redes sociais para mostrar aos fãs que voltou a fazer o lifting de vampiro — visto que ela fez anteriormente em 2014, logo após o “boom” que o tratamento teve graças à Kim.
Mas se em 2013 e 2015 o procedimento foi considerado uma grande polêmica, em 2021 muita gente vem se apaixonando pela técnica. Segundo Patrícia Mafra, médica dermatologista, o Vampire Facial nada mais é do que o já conhecido PRP, ou Plasma Rico em Plaquetas.
“O nome que remete aos vampiros vem do fato do procedimento utilizar o sangue retirado do próprio paciente, que, após ser devidamente tratado, é aplicado de forma tópica ou injetável para rejuvenescer a pele, combater rugas e linhas de expressão, diminuir a flacidez e conferir luminosidade à pele”, explica.
O poder do plasma
Mas não pense que o procedimento é tão simples assim, ok? De acordo com Mafra, o PRP não utiliza necessariamente o sangue do paciente, mas sim um de seus componentes: o plasma. “Antes do procedimento propriamente dito é retirada uma pequena quantidade de sangue de uma veia do paciente, da mesma forma que quando realizamos exames”, clarifica.
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Dessa forma, o material coletado passa por um processo de tratamento específico, ao ser inserido em uma centrífuga que separa o plasma do sangue. Segundo Mafra, o plasma é importante visto que concentra uma grande quantidade de plaquetas que, no que lhe concerne, são ricas em fatores de crescimento. “O efeito é uma pele mais elástica, firme, iluminada e uniforme”, esclarece.
Outros tratamentos com plasma
E não acaba por ai! Além do plasma poder ser injetado diretamente na pele como se fosse um preenchimento para estimular o colágeno e rejuvenescer, o PRP também pode ser combinado a inúmeras outras técnicas. De acordo com Mafra, antes da aplicação do plasma, é possível, por exemplo, realizar procedimentos como o microagulhamento, a radiofrequência microagulhada e a microdermoabrasão.
“Esses tratamentos vão agir abrindo microcanais ou diminuindo a espessura do tecido cutâneo para fazer com que o plasma, que será aplicado topicamente em seguida, penetre de forma mais profunda na pele, o que potencializa sua eficácia”, afirma.
Afinal, é seguro?
Eficaz e apresentando excelentes resultados, é natural que o Vampire Facial te deixe com certo receio, devido ao fato de utilizar sangue. Porém, ao contrário do que muitos podem pensar, Mafra afirma que o procedimento é extremamente seguro. “Por utilizar o material biológico do próprio paciente no lugar de substâncias sintéticas, não existem complicações causadas pela aplicação do plasma em si”, elucida.
Segundo a dermatologista, o que pode ocorrer é o surgimento de pequenos hematomas no local em que o sangue foi retirado ou onde foram realizadas as aplicações do plasma. Porém, ela alerta que os procedimentos com PRP não são recomendados para pacientes que sofrem com doenças do sangue, como distúrbios de coagulação e sangramento.
Além disso, é bom ressaltar que o uso de Plasma Rico em Plaquetas já é utilizado há anos ao redor do mundo em diversas áreas da medicina. A técnica pode ser empregada para diversas finalidades além do rejuvenescimento da pele, incluindo tratamento de estrias, melhora de cicatrizes, cicatrização de feridas, regeneração da pele e combate à queda capilar.
Fonte: Patricia Mafra, médica dermatologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).