Mãe de pássaro: jovem conta a experiência de cuidar de 10 calopsitas
Lindas, charmosas e encantadoras. A beleza das calopsitas conquista muita gente e ter a ave como pet é um grande desejo entre as pessoas que amam os animais. Alana Gelmi, de 19 anos, é uma apaixonada pelas pequenas e viralizou ao publicar uma foto com nada menos que 10 calopsitas em sua casa.
Ao Canal do Pet, Alana contou que essa paixão toda começou quando ela tinha apenas 9 aninhos, em 2010. “Eu tinha muita alergia a pelos, penas de animais, não podia ter nenhum em casa, mesmo amando muito”, relata.
O avô da menina sustentava as paixões da neta em relação aos bichinhos de estimação. “Ele tinha na casa dele todos os tipos de animais. Até cavalo enfiou no quintal, pois era meu animal favorito”. Nesse pequeno zoológico estavam as calopsitas, que eram criadas soltas pela casa. “Eu criava os filhotinhos na mão, andava o quintal todo com eles, ficava feliz da vida sempre que ia no meu avô”.
Com isso, Alana começou a se animar muito para ter uma dessas em casa. Aos 9 anos ela resolveu vender sua bicicleta para comprar a primeira calopsita e os acessórios que a ave precisava. “O meu primeiro bebê ganhou o nome de Paçoca”, conta ela. Depois do Paçoca ela ainda teve o Piu Piu, que era o passarinho de sua irmã.
“Após isso, foi uma loucura, fui pegando cada vez mais calopsitas”, diz ela. Um ano depois veio a Kiki, que logo formou um casal com o Piupiu. Com 16 anos ela ganhou a quarta ave de um ex namorado, a qual recebeu o nome de Fiora. Depois de um ano, a família realmente cresceu consideravelmente.
“Eu me mudei de estado, de Santa Catarina até São Paulo com os meus 4 franguinhos. Aqui a quantidade de calopsitas que aparecem de doação foi gritante. Logo que cheguei, me doaram dois meninos, Billy e Chico (que aliás são um casal) e Kiki e Piu Piu tiveram dois filhotes, Tóquio e Rio”, conta Alana.
Um mês depois de a família das calopsitas crescer, Piu Piu se foi. Felizmente a tristeza de sua partida foi amenizada pela alegria causada pela chegada do oitavo passarinho, o Moqueca. “Ele apareceu no apartamento de uma vizinha, não achei os donos de jeito nenhum, nem procuraram por ele. Ele é um menininho muito doce e apegado, tanto que o único que consegui treinar voar até mim até agora”.
Por fim, Alana recebeu Chica e Benta, completando a família das 10 calopsitas. “Cada uma tem uma personalidade, uma é mais curiosa, outra mais corajosa, outra teimosa… Estar cercada por esses bichinhos é algo que não troco por nada na vida, eles fazem parte da minha família”.
A criação de todas as calopsitas
Se cuidar de um pet já não é tarefa fácil, para criar 10 o trabalho é muito maior. Alana enfatiza que isso só é possível pela paixão que tem pelos animalzinhos e todo o cuidado e dedicação. “É cansativo e repetitivo, mas também muito prazeroso ver esses serzinhos tão pequenos retribuindo todo amor e carinho que tenho por eles, isso é gratificante”.
A jovem ainda enfatiza que as pessoas costumam pensar que cuidar de passarinho é tarefa fácil, mas que estão muito enganadas. “Eles fazem bastante sujeira, todo lugar que vão eles deixam um ‘presentinho’, isso inclui sua cabeça, suas roupas, ombro, etc.. ou seja, é o dia todo limpando caquinha, gaiola, brinquedos, etc. Também é uma das espécies que mais solta ‘pózinho’ das penas, tudo no ambiente delas fica meio empoeirado e para os alérgicos como eu é terrível”.
Outra questão é o fato das calopsitas serem aves muito interativas e demandarem muito enriquecimento ambiental . Para isso, precisam de atividades diárias para exercitar fisicamente e mentalmente, ou ficam estressadas, se automutilam e destroem a casa. Isso também é um gasto e trabalho a mais que Alana ressalta e cuida para que aconteça da melhor forma possível para as calopsitas.
Outro ponto que a mãe de pássaro ressalta é alimentação . De acordo com ela, 40% da dieta deve ser composta por alimentação natural. “Você vai ter que dar uma de chefe para o seu bichinho e fazer uma alimentação bem variada com legumes, verduras, frutas e grãos”, recomenda.
Apesar de todos os cuidados, as 10 calopsitas são a alegria de Alana e ela não as trocaria por nada. “Não me arrependo de nenhuma, penso até em me mudar para um lugar mais espaçoso para ter mais”, comenta. “É algo muito especial e viciante, quem tem calopsita entende isso muito bem, começamos com uma e quando vamos ver estamos rodeados de penudinhos”.
Mas elas brigam afinal?
As calopsitas são aves podem crescer bem ariscas se não forem muito bem socializadas . Alana tem 10 e diz que isso não foi um problema para ela. “Brigar elas não brigam, só tem alguns desentendimentos quando alguma invade o espaço da outra”.
As calopsitas vivem tranquilamente com outras espécies, se a pessoa socializar ela com as outras calopsitas. Se tiver criado a ela por anos sozinha, a ave pode nem se identificar mais como uma calopsita. Portanto, é essencial que se mantenha em mente todos os cuidados e o tempo de dedicação que precisará ter com as pequenas.