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Acusado de matar empresário ao enterrá-lo vivo em sua própria chácara é condenado a 18 anos de prisão em São Pedro

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Acusado de matar empresário ao enterrá-lo vivo em sua própria chácara é condenado a 18 anos de prisão em São Pedro

Acusado de matar empresário ao enterrá-lo vivo em sua própria chácara é condenado a 18 anos de prisão em São Pedro

A Justiça de São Pedro (SP) condenou a 18 anos de prisão Lucas Pereira Barbão, acusado de matar o empresário Mario Gilberto Penatti, de 66 anos. Segundo a denúncia, a vítima morreu após ser enterrada viva em sua própria chácara na cidade, em abril de 2021. A defesa do réu informou que recorreu para pedir a redução da pena pelo fato dele ter confessado o crime.

O julgamento ocorreu na última quarta-feira (9) e o resultado foi divulgado nesta sexta (11) pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP).

A denúncia da promotora de Justiça Angélica Ramos de Frias Sigollo, que atuou também no julgamento, aponta que o réu mantinha relação de amizade e confiança com o idoso, passando a morar com ele no local do crime.

Após um período de convivência, também segundo a acusação, Barbão resolveu matar a vítima para poder ficar com seu patrimônio, agindo com a ajuda de outros dois homens para esconder o corpo.

De acordo com laudo pericial necroscópico, o óbito foi causado por asfixia mecânica por soterramento. Para o Ministério Público, o crime foi cometido por “meio evidentemente cruel e infligindo desnecessário sofrimento à vítima”.

O Plenário do Júri reconheceu a presença das qualificadoras de motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa do idoso, condenando o réu por homicídio e ocultação de cadáver.

Advogado do réu, Eder Antonio do Carmo Nunes informou que protocolou um recurso contra a decisão nesta sexta-feira (11).

“A gente está pedindo a redução porque o Lucas é réu confesso desde o início da fase de investigação. Desde quando ele foi procurado pela Polícia Judiciária ele confessou que havia matado o senhor Mário Penatti, colaborou em toda fase do inquérito policial, demonstrando onde havia enterrado a vítima. Inclusive ele participou durante a instrução processual, da reconstituição do crime, colaborando”, explicou.

Também de acordo com o defensor, será solicitado que seja reconhecida a atenuante da confissão do homicídio. “Estou pedindo para que o Tribunal reconheça também uma atenuante genérica, que nós chamamos, com base no artigo 66 do Código Penal, em razão da colaboração dele durante toda a fase de investigação, da instrução processual, demonstrando estar arrependido de tudo que aconteceu”, finalizou.

Autor se passou pela vítima, diz polícia

1 Acusado de matar empresario ao enterra lo vivo em sua propria chacara e condenado a 18 anos de prisao em Sao Pedro

O rapaz de 26 anos foi preso em 22 de abril de 2021, em Piracicaba (SP). Segundo a polícia, o suspeito foi detido no bairro Algodoal após investigações e confessou o crime.

Os policiais informaram que o suspeito trabalhava como caseiro e morava na chácara da vítima em São Pedro. O empresário Mário Penatti tinha uma loja de piscinas em Piracicaba e as investigações começaram após uma denúncia de que ele estava desaparecido.

À época, os investigadores apontaram uma estimativa de que o empresário estava enterrado na chácara havia, pelo menos, 20 dias.

Após a morte, o autor do crime começou a se passar pela vítima em aplicativos de mensagens, segundo as investigações policiais.

“Ele respondeu mensagens da ex-mulher do empresário e, inclusive, conversou com os investigadores como se fosse ele”, contou a delegada Juliana Ricci, da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba, à época da prisão.

Também segundo ela, o caseiro vendeu uma moto do empresário por R$ 13 mil e trocou um carro dele por outro, pegando parte da negociação em dinheiro. Além de ter confessado o crime, o suspeito foi reconhecido pelo comprador de um dos veículos.

Em um final de semana, segundo relato de vizinhos, aconteceu uma festa na chácara com diversos convidados e alguns disseram que, inclusive, não conheciam o proprietário do local.

Do G1

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