Corretora forja o próprio sequestro para conseguir dinheiro da família em Limeira
Uma corretora de imóveis é suspeita de forjar o próprio sequestro para conseguir dinheiro da família, em Limeira (SP), segundo da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).
O caso vem sendo investigado desde o dia 6 de julho, quando a Delegacia de Investigações Gerais de Limeira recebeu o comunicado da família de que tinha recebido o pedido de resgate.
A mulher contou que foi atender um cliente no bairro Chácara Antonieta, em Limeira, e foi rendida por três criminosos enquanto falava ao telefone dentro do carro.
A corretora contou que foi mantida parte do tempo em um canavial e depois dentro do carro, que ficou em movimento. Na época, ela contou que foi libertada em uma praça em Iracemápolis (SP), depois que os bandidos perceberam que o marido dela não teria condições de realizar o pagamento. Seu carro foi localizado na madrugada seguinte.
A mulher chegou a prestar depoimento contando essa história na delegacia e disse à polícia que os sequestradores também tentaram movimentar suas contas e fazer transferências bancárias.
Nesta quarta-feira (31), a SSP informou que investigações continuaram e que trata-se de uma falsa comunicação de crime por parte da vítima.
Diante disso, foi feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência contra ela. O termo foi encaminhado pelo Juízo Especial Criminal (Jecrim) da Comarca de Limeira.
A EPTV, afiliada da TV Globo, entrou em contato com o delegado responsável pelo caso para saber se as outras pessoas que ajudaram a mulher a forjar o sequestro foram identificadas, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.
A denunciação calunisiosa é crime e a punição varia de com o entendimento da Justiça.
Mobilização de operação conjunta
A comunicação de que havia ocorrido o crime mobilizou uma operação conjunta entre as polícias Civil e Militar e a Guarda Civil Municipal de Limeira. A ação foi acompanhada pelo secretário de Segurança Pública e Defesa Civil de Limeira, Wagner Marchi.
À época, o relato à polícia foi de que, por meio do celular dela, os sequestradores faziam contato com a família e exigiam R$ 35 mil para libertá-la.
Para tentar localizar o carro da vítima e os sequestradores, também foram realizados cercos em Iracemápolis.