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O sequestro de Aparecida Shunk a sogra do chefão da Fórmula 1

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O sequestro de Aparecida Shunk a sogra do chefão da Fórmula 1

O sequestro de Aparecida Shunk a sogra do chefão da Fórmula 1

No dia 22/07/2016, por volta das 11h15min, dois homens então desconhecidos, passando-se falsamente por entregadores, bateram à porta da residência da Sra. Aparecida Shunk Flosi Palmeira, sendo ela arrebatada e sequestrada, com o uso do próprio veículo da vítima. No percurso, o carro da vítima foi abandonado, sendo ela colocada em outro veículo, que a levou, enfim, ao cativeiro.

Logo após o arrebatamento da vítima, Fabiana Ecclestone, filha de Aparecida e esposa de Bernie Ecclestone, bilionário inglês e chefe da Fórmula 1, recebeu e-mail dos sequestradores, exigindo-lhe o pagamento, a título de resgate, do valor de E$ 110.400.000,00 (cento e dez milhões e quatrocentos mil euros), U$ 5.000.000,00 (cinco milhões de dólares) e R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais).

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Assim que a Polícia Civil de São Paulo tomou conhecimento dos fatos, a 1ª Delegacia Antissequestro, da Divisão Antissequestro, há época pertencente ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoal, iniciou as investigações.

Após exaustivo trabalho de campo, combinado com o uso da tecnologia da informação, os investigadores conseguiram identificar o veículo utilizado pelos sequestradores e, através dele, dois integrantes do grupo criminoso: David Vicente de Azevedo, vulgo “Playboy”, e Victor Oliveira Amorim.

O drama da equipe de investigações, contudo, ainda continuava. A prioridade da Polícia Civil era a preservação da vida e a soltura da vítima, e dessa forma, qualquer passo em falso dos investigadores, até mesmo a prisão precipitada dos criminosos, poderia selar o destino da Sra. Aparecida. Por tal motivo, os investigadores continuaram o trabalho de campo com vistas a identificar o cativeiro da vítima, concentrando seus esforços no bairro Jardim São Miguel, do município de Cotia/SP., área de atuação de David e Victor.

10 dias após o arrebatamento da vítima os policiais civis identificaram o cativeiro, no referido bairro, e lá conseguiram libertar a Sra. Aparecida Shunk Flosi Palmeira, sem que houvesse dano à sua integridade física e sem o pagamento de qualquer valor a título de resgate. Concomitantemente à soltura da vítima, foram presos David e Victor, sendo que o último realizava a função de “carcereiro” do cativeiro.

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Após a soltura da vítima, os esforços foram concentrados em identificar e prender os demais integrantes do grupo criminoso. Desde o início das investigações recaiam suspeitas em Jorge Eurico da Silva Faria, como sendo o mentor intelectual do crime, o qual era piloto de helicóptero que por várias vezes prestou serviços para a família da Sra Aparecida, de forma tal que possuía informações privilegiadas para planejar a trama delituosa. Os policiais, então, encetaram diligências na casa de Jorge, também no município de Cotia, e lá o prenderam em flagrante delito, o qual, descobriu-se, era o autor dos e-mails extorsivos. Além disso, em sua residência foram encontradas cinco armas de fogo e farta munição.

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A investigação, por fim, obteve sucesso em desarticular toda a quadrilha, com a identificação e prisão de Bruno de Jesus Silva, que participou do arrebatamento e condução da vítima ao cativeiro, Caio Augusto dos Santos Faria, que auxiliou na vigilância da vítima no cativeiro, e identificação de Milton da Cunha França e Danilo Pereira França, que participaram do planejamento e financiamento da ação criminosa.

Todos eles restaram indiciados pela Polícia Civil de São Paulo, processados e condenados pela Justiça.

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