Operação Amphis investiga esquema criminoso operado por doleiros
Recife/PE – A Polícia Federal deflagrou hoje (9/10) a “Operação Amphis”, para investigar esquema criminoso de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, operado por doleiros em vários Estados e no exterior.
Cerca de 60 policiais federais estão cumprindo nos respectivos escritórios e residências dos suspeitos, 13 mandados de busca e apreensão. Além disso, foi decretado pela Justiça Federal de Recife/PE o sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas dos investigados e de empresas “fantasmas”. A ação ocorre nos municípios de Recife/PE, Jaboatão dos Guararapes/PE, Goiânia/GO, São Paulo/SP, Fortaleza/CE e Rio de Janeiro/RJ.
Os alvos das medidas são três doleiros de Recife/PE, pessoas que os auxiliavam nas atividades criminosas, além de indivíduos que se valeram de serviços ilícitos promovidos pelos mesmos, consistentes na remessa clandestina de divisas ao exterior.
As investigações, iniciadas em 2014, e decorre de apuração acerca de organização criminosa transnacional, que atua em diversas modalidades criminosas, como evasão de divisas, manutenção de instituição financeira clandestina, falsidade documental, descaminho e lavagem de dinheiro, capitaneados por grupo criminoso atuante em Recife/PE e em outras capitais do país, além de operar também no estado da Flórida/EUA.
Somente no Brasil, através da abertura de contas bancárias com documentos falsos ou em nome de empresas “fantasmas”, o grupo movimentou mais de R$ 200 milhões nos últimos dez anos.
Os policiais federais estão arrecadando material (documentos e arquivos digitais), que serão analisados posteriormente pela equipe de investigação da PF, em Pernambuco. As penas dos crimes, somadas, podem chegar a 29 anos de prisão.
Comunicação Social da Polícia Federal em Pernambuco
Contato: (81) 2137-4076
E-mail: [email protected]
***O nome da operação deriva do prefixo “Amphi”, de origem grega, que significa “os dois lados”, utilizado na biologia para nomear cientificamente algumas espécies de animais. Foi utilizado em função dos principais alvos terem, cada um, pelo menos duas identidades (algumas falsas) e ainda por atuarem tanto Brasil, quanto nos EUA.