Varginha/MG. A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal, deflagrou na manhã desta terça-feira, 2/8, operação para coibir a prática de tráfico de influência e corrupção passiva realizada por servidor público federal, vinculado ao ICMBio, no município de Passa Quatro/MG.
Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Pouso Alegre/MG, em endereços vinculados ao investigado. O suspeito foi preso e foram apreendidos 3 veículos.
A partir de informações prestadas por empresários, responsáveis por empreendimentos na cidade de Passa Quatro, foi apurado que, desde o início de 2022, o servidor público, na condição de Chefe de Unidade de Conservação Federal, teria informado a estes mesmos empresários que havia representações de irregularidades ambientais na construção de loteamentos.
Assim, ele solicitava e recebia vantagens com a promessa de resolver as irregularidades e não dar andamento a novas “denúncias”. O servidor ainda afirmava que precisava realizar vistorias no empreendimento para reportar ao órgão competente e citava um suposto inquérito que estaria tramitando na unidade do Ministério Público Federal em Pouso Alegre/MG.
Em alguns dos diversos contatos mantidos pelo investigado com os empresários, ele solicitou o pagamento de vantagem indevida para influir na decisão do procurador da República, que, supostamente, conduzia a investigação. Na realidade não havia nenhuma investigação sobre esses fatos no MPF.
Além das medidas de prisão e de busca e apreensão, a Justiça Federal também decretou o afastamento dos sigilos bancário e fiscal do investigado e de pessoa a ele vinculada, cuja conta foi utilizada para o recebimento da propina.
O envolvido respondera pelos crimes de corrupção passiva e tráfico de influência, com pena de prisão de 4 a 17 anos.
Comunicação Social
Delegacia da Polícia Federal em Varginha
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Fonte: Polícia Federal