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Polícia Civil deflagra ‘Operação Leilão Fantasma’

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Polícia Civil deflagra ‘Operação Leilão Fantasma’


A 3ª Delegacia de Polícia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra a Administração, Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores  do DPPC, deflagrou a “Operação Leilão Fantasma”, objetivando o cumprimento de mandados de busca emanados de investigações que apuravam a prática reiterada de desvinculação de débitos de veículos supostamente direcionados a leilão e posterior comunicação de venda dos mesmos, provocando o lançamento dos débitos para o CPF dos antigos proprietários e possibilitando a transferência de propriedade sem o pagamento dos débitos vinculados.

dDocName%3aUCM 058577As inserções fraudulentas foram feitas pelo código de usuário de um único servidor, à época lotado na Diretoria de Educação de Trânsito e Fiscalização do Detran – Gerência de Pátios e Leilões.

Entre setembro e novembro de 2020, o investigado, através das desvinculações irregulares, causou prejuízo aos cofres públicos no valor de mais de R$ 8 milhões.

Os elementos colhidos pela equipe de investigação evidenciaram que o servidor possui patrimônio incompatível com sua renda mensal, que era de pouco mais de R$ 4 mil, sendo que no período de cinco meses adquiriu 2 imóveis pagando à vista R$ 1.712 milhões.

O Relatório de Inteligência Financeira do COAF revelou o envolvimento do investigado com uma mulher, que na condição de procuradora de sua filha menor de idade, recebeu, no período de outubro de 2019 a fevereiro de 2020, a quantia a crédito de R$ 1.590 milhão e repassou ao investigado, no mesmo período, a quantia de R$ 868 mil.

Para justificar a movimentação na conta da filha, a suspeita informou que trabalha como despachante e retira multas de trânsito das pessoas. Ela possui diversos registros policiais por estelionato, falsificação de documentos e exercício irregular da profissão.

O acesso aos dados armazenados no celular do suspeito, apreendido durante a operação, revelou o envolvimento da despachante nesse esquema fraudulento milionário.

O Delegado responsável pelas investigações representou pelo sequestro de bens e valores dos investigados, o qual foi deferido pela Justiça.

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