Polícia Civil prende cinco suspeitos de roubar, sequestrar e matar motorista de aplicativo
Policiais civis da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas da 6ª Delegacia Seccional de Polícia (Cerco/Decap) prenderam, no domingo (3), cinco suspeitos de roubar, matar e vender o celular de um motorista de aplicativo. O carro da vítima foi encontrado carbonizado, no sábado (2), em Parelheiros, na zona sul de São Paulo.
Na manhã de domingo, os agentes localizaram na Estrada dos Limas, também na zona sul da Capital, o celular da vítima, com uma menina de 12 anos. Ela e a mãe foram levadas à delegacia onde prestaram depoimento.
O celular foi dado a menina por um parente que comprou o aparelho de um outro homem, por cerca de 200 reais. Os dois homens também foram levados ao distrito, onde foram indiciados por receptação e associação criminosa.
Por meio de depoimentos foi possível chegar até três pessoas envolvidas no roubo, no desaparecimento e na morte do motorista. Com o trio, foram apreendidas munições, uma arma falsa e um carregador de fuzil 5.56mm.
Os suspeitos foram isolados para a coleta de depoimentos e confessaram o crime. Eles disseram que solicitaram a corrida na intenção de assaltar o motorista, e que o caso foi crescendo com o passar do tempo.
Como ocorreu o crime
Os suspeitos roubaram o motorista e continuaram com a vítima no carro, vasculhando seu celular e pedindo dinheiro para os contatos, configurando extorsão mediante sequestro.
Olhando o celular da vítima, o grupo achou diversas fotos de criança, já que ele era pai de cinco filhos, e acharam que o homem era um pedófilo. Com isso, solicitaram autorização para o comando de uma das maiores facções criminosas paulista, que aceitou e ordenou, também, que eles cortassem os dedos da vítima.
O trio cortou os dedos das duas mãos da vítima, degolaram e esconderam o corpo em uma área de mata fechada na Estrada do Curucutu, próximo a um convento de freiras, no número 1900, no bairro rural de Barragem, no distrito de Parelheiros, extremo sul de São Paulo.
Os investigadores acreditam que eles tenham envolvimento com a facção criminosa, já que foi solicitada autorização antes da execução. Além disso, a impressão inicial é de que o homem tenha sido morto na madrugada do dia 1º, pela linha cronológica que está sendo traçada pelos policiais.
Será feita a perícia para saber se de fato foi pelo celular da mulher detida que foi realizada a solicitação da corrida. O trio foi conduzido ao 102° DP (Socorro), para formalização das prisões e da localização do corpo. Os dois presos por receptação também foram para mesmo local. Todos foram levados para a carceragem do 101° DP (Jardim das Imbuias).
O trio será indiciado por roubo, organização criminosa, extorsão mediante sequestro, tortura, homicídio qualificado, posse de munição e ocultação de cadáver.
