IML conclui que mortos no Salgueiro foram baleados
Os resultados dos laudos de necropsia realizados pela perícia do Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó, em São Gonçalo, indicam que as mortes ocorridas no conjunto de favelas do Salgueiro foram provocadas por projéteis de arma de fogo. A informação é da Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro. De acordo com a pasta, não há “indícios de facadas ou outro tipo de arma com ação cortante ou perfurocortante”.
Os projéteis arrecadados em três corpos dos mortos no confronto com a Polícia Militar no fim de semana, passarão por confronto balístico. A expectativa da secretaria é de que as armas e os nomes dos policiais militares que participaram da ação sejam entregues ainda hoje à Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSG), responsável pelas investigações do caso.
Os confrontos com policiais do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) resultaram em dez mortes, entre elas, a do sargento lotado no 7º BPM (São Gonçalo), Leandro Rumbelsperger da Silva, de 38 anos de idade. De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Civil, cinco dos nove mortos tinham antecedentes ou anotações criminais.
Moradores e famílias de mortos denunciam que houve uma chacina na comunidade. Eles dizem também que entre os mortos há pessoas que não estavam envolvidas com crimes.
Os confrontos no conjunto de favelas do Salgueiro começaram na madrugada de sábado (20), quando o sargento foi baleado durante um patrulhamento na localidade de Itaúna. O PM chegou a ser levado para o Hospital Estadual Alberto Torres, também em São Gonçalo, mas não resistiu ao ferimento.
No domingo, policiais do Bope fizeram ações na região. No dia seguinte, moradores encontraram oito mortos em uma área de manguezal. Eles mesmos levaram os corpos para uma rua próxima junto às casas e os cobriram com panos.
Ontem (23) o IML de Tribobó concluiu a identificação de mortos nos confrontos do fim de semana, além do sargento.
Um dos homens, identificado como Igor da Costa Coutinho, foi reconhecido por policiais do 7ºBPM como um dos envolvidos no ataque à equipe no sábado, que provocou a morte do sargento.
Edição: Fernando Fraga