Relator da MP da Eletrobras deve apresentar parecer esta semana
O senador Marcos Rogério (DEM-RO), relator da medida provisória que viabiliza a privatização da Eletrobras, pretende entregar seu parecer ainda esta semana. Segundo ele, a ideia é votar o texto em plenário na quinta-feira (10) ou no início da semana que vem. Rogério se encontrou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na tarde de hoje (8) e falou após o encontro.
“Vamos apresentar um relatório que vai procurar reunir as convergências. E nos pontos que houver divergências, vamos submeter a voto. Mas o nosso esforço, num compromisso que fiz com o ministro Paulo Guedes, é de apresentar o relatório ainda esta semana e votarmos, se não na quinta-feira, no início da próxima semana”, disse o relator.
O senador afirmou que vai tentar deixar o texto mais próximo do que foi aprovado na Câmara. “Não descarto a possibilidade de acolher emenda. É prerrogativa dos senadores sugerir melhorias, faz parte do processo. Mas o nosso esforço é trabalhar com o texto que veio da Câmara, e que há um entendimento com o governo, sem grandes alterações”.
Auxílio emergencial
Na saída do encontro, Guedes foi questionado por jornalistas sobre uma possível prorrogação do auxílio emergencial. Ele afirmou que a decisão é do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do ministro da Cidadania, João Roma, e que cabe a ele fazer os cálculos de impacto nos cofres públicos. Segundo ele, cada mês de pagamento do auxílio traz um gasto de R$ 9 bilhões. O auxílio atual está previsto até o mês de julho.
Guedes citou uma “expectativa geral” de que todos os brasileiros adultos estejam vacinados em “dois, três meses” e, com isso, o auxílio seria necessário até setembro. “Existe uma expectativa geral de que nos próximos dois, três meses a população adulta brasileira esteja toda vacinada. E é o ritmo da pandemia que dita a necessidade de extensão do auxílio emergencial. Dois meses a mais, seriam R$ 18 bilhões [a mais]”, disse Guedes. Ele acrescentou que esse valor cairia para R$ 11 bilhões por causa de R$ 7 bilhões que sobraram do último auxílio pago pelo governo.
Edição: Fábio Massalli