Cai impacto da variante Ômicron sobre o empresariado fluminense
Pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises do Rio de Janeiro (IFec RJ) sobre o impacto da variante Ômicron no empresariado fluminense constatou que o número de empresários do comércio de bens, serviços e turismo do estado do RJ que tiveram seus negócios impactados pelo vírus caiu de 60,5%, em janeiro, para 59,4%, em fevereiro. Houve também diminuição dos comerciantes que tiveram funcionários afastados por conta da variante: de 58,7%, em janeiro, para 56,7%, em fevereiro. A sondagem ocorreu no dia 7 de fevereiro, com a participação de 209 empresários do estado do Rio de Janeiro.
A pesquisa apurou que o número dos empresários que tiveram afastado apenas um funcionário aumentou de 23,9% (janeiro) para 37,5% (fevereiro), mostrando queda do impacto para o funcionamento dos estabelecimentos. O número de comerciantes que acreditam que terão algum tipo de prejuízo em seus negócios na semana seguinte caiu de 74,3% (janeiro) para 71,3% (fevereiro).
O diretor do IFec RJ, João Gomes, disse hoje (8) à Agência Brasil que a expectativa negativa para a semana seguinte também reduziu bastante. “Você saiu de 60% de empresários que na próxima semana esperavam que seriam muito prejudicados ou prejudicados e vai para 46,9%. É uma queda bastante significativa. Mais do que aquilo que ele estava observando na semana passada, era já a expectativa para a frente e com fundamento. Porque um percentual maior estava vendo menos funcionários afastados por conta da covid”.
Queda da variante
Segundo João Gomes, o momento que o empresariado está vivendo dá suporte para ele acreditar que essa semana já seria melhor do que aquela que ele estava enfrentando. As informações transmitidas pelas autoridades sanitárias em relação à variante Ômicron ajudam os economistas do instituto a fazerem essa análise, destacou o diretor.
Gomes observou que o percentual dos que esperavam ser muito prejudicados na semana seguinte caiu 9 pontos percentuais, passando de 29,6% para 20,6%. Os números estão em linha com o processo de arrefecimento das estatísticas da pandemia na capital, com maior concentração dos casos, embora ele tenha lembrado que a pesquisa tem abrangência estadual.
Diante da tendência de redução de casos da doença e do número de óbitos e desaceleração dos pacientes internados, cuja quase totalidade é de pessoas que não completaram o esquema vacinal, incluindo a dose de reforço, o diretor do IFec RJ analisou que esse é o principal termômetro para o retorno pleno dos negócios. “O retrato hoje é o seguinte: a vacina é a solução. Está mais do que comprovado”. Não há, segundo afirmou, condição de se fazer uma análise racional, técnica e isenta dos dados. “Olhando os dados agora, a tendência é positiva”, concluiu João Gomes.
Edição: Valéria Aguiar